Matuê Lança “Meu Cemitério” e Abre a Temporada de “XTRANHO” com Estética de Terror

Quem disse que segunda-feira é dia de desânimo não conhece o fuso horário da 30PRAUM. Às 21h desta segunda (8), Matuê decidiu transformar a semana numa cena de filme de terror e soltou a pedrada “Meu Cemitério”.

A faixa é o primeiro cartão de visitas oficial do aguardadíssimo álbum “XTRANHO”, o terceiro disco de estúdio que promete virar a chave da estética do trap nacional mais uma vez. Se 333 foi espiritual, XTRANHO parece ser visceral.

Beat Gringo e Uivos na Madrugada

Musicalmente, Tuê não economizou na importação de talento. A produção é uma colaboração global que reúne o holandês Sapjer, o australiano Brvdy e o beatmaker Chronic. O resultado? Uma track densa, noturna e incômoda.

Os versos “Talvez a luz se esconda / Lobos que ficam na ronda” não são só rima, são ambientação. A música carrega uivos e uma batida que te deixa em estado de alerta, como se você estivesse sendo perseguido num beco escuro. É trap pra ouvir olhando por cima do ombro.

Horror Real em SP e o Drip da Ed Hardy

O videoclipe é um capítulo à parte. Gravado num cemitério real em São Paulo (sem cenário de papelão aqui, parça), o visual abusa da granulação, câmeras de visão noturna e cortes frenéticos. É estética found footage encontrando o hype.

E por falar em hype, o Tuê trouxe de volta a armadura. Ele veste o kit exclusivo da collab com a Ed Hardy, o mesmo que parou o The Town em setembro. A marca, lenda do universo das tatuagens e do estilo punk 2000, casou perfeitamente com a vibe “eu sou o monstro” que a música passa. Não é fantasia, é identidade.

Veredito RAPGOL

Matuê continua sendo o mestre do rollout. “Meu Cemitério” cumpre o papel de deixar todo mundo desconfortável e ansioso. O XTRANHO não vem para agradar, vem para assombrar. E nós estamos prontos.

CRIAA

Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet,  editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.