Maui lança clipe de “Comemorar?” e reflete sobre o significado da vitória na favela

Nesta terça-feira (08), Maui lançou o clipe da faixa “Comemorar?”, marcando mais um passo rumo ao seu aguardado álbum de estreia. Dirigido por Jomboh e com roteiro assinado por Xima, o vídeo transforma em imagens poéticas a ambiguidade que marca a ascensão de um jovem preto e periférico. A produção está disponível no canal oficial do artista no YouTube.

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Entre o brilho da conquista e o peso da realidade

Gravado em Duque de Caxias, o clipe retrata conquistas e afetos sem romantizar os desafios. A faixa levanta um questionamento central: o que significa, de fato, comemorar quando se vem da escassez? Maui propõe uma reflexão sobre validação, autoestima e o impacto social que sua trajetória tem para outros jovens da quebrada.

“Ela retrata esse jovem que está ascendendo socialmente e que vem de um lugar de escassez. Pode até ter uma pitadinha de soberba, que vai fazer mais sentido no álbum, mas aqui é o checkpoint da vitória”, explica Maui.

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Maui mostra que segue firme em suas raízes

Mesmo com passagens por colaborações de destaque, como “Diamantes, Lágrimas e Rostos Para Esquecer”, de BK’, e “Dois”, de Luccas Carlos, Maui se mantém próximo de sua realidade. “Ainda moro na favela, trabalho, cuido da minha filha. Mas ao mesmo tempo, sou visto como exemplo de vitória por quem é daqui”, afirma o artista.

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Direção e roteiro elevam a mensagem da faixa

Jomboh e Xima criam um universo visual onde o brilho da vitória contrasta com a dureza cotidiana. O styling marcante e símbolos como capacetes dourados dialogam com elementos reais, como o trem de Parada Angélica — transporte precário que carrega memória e significado.

“O brilho tá ali, mas o cenário continua árido. É o mesmo barro, o mesmo trem, a mesma quebrada”, diz o diretor Jomboh.

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Espaços simbólicos revelam afetos e raízes

Lugares como a lanchonete Camelo’s Kebab e o galpão da cena final reforçam as camadas simbólicas do vídeo. A dançarina Isa surge como personificação da vitória sonhada, representando uma conquista leve e espontânea. “Ela é o que eu queria que a vitória fosse: fluida, bonita e verdadeira”, diz Maui.