Mbappé denuncia PSG por assédio moral e extorsão

⚖️ Denúncia formal e investigação em curso

Kylian Mbappé, estrela do futebol mundial e atual jogador do Real Madrid, apresentou uma denúncia formal à Justiça francesa contra seu ex-clube, o Paris Saint-Germain. O processo, protocolado em 16 de maio no Ministério Público de Paris, acusa o PSG de assédio moral e tentativa de extorsão, marcando um novo e turbulento capítulo no fim da relação entre jogador e clube.

A queixa agora está nas mãos de dois juízes de instrução que conduzirão a investigação, ouvindo testemunhas e reunindo provas para apurar o caso. A denúncia judicial ocorre paralelamente a uma disputa milionária envolvendo salários e bônus não pagos ao jogador.

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🧾 Entenda o centro da disputa: € 55 milhões

A ação judicial apresentada por Mbappé gira em torno de € 55 milhões (cerca de R$ 358 milhões), valor que inclui três meses de salários atrasados e o bônus de assinatura do último contrato com o PSG.

Segundo os advogados do atacante, não existe qualquer documento formal que comprove um suposto acordo para renunciar a essa quantia, ao contrário do que afirma a diretoria do clube francês.

O PSG, por sua vez, alega que Mbappé teria feito um compromisso verbal com o presidente Nasser Al-Khelaïfi em agosto de 2023, renunciando aos valores em troca de sua reintegração ao elenco principal. A defesa do jogador nega veementemente essa versão.

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🧱 “Lofting”: isolamento como pressão psicológica?

Um dos pontos centrais da acusação é o uso da chamada prática de “lofting” por parte do PSG — ou seja, o isolamento deliberado de Mbappé do elenco principal como forma de pressão para que ele renovasse seu contrato. O jogador teria sido deixado fora das atividades do grupo em 2023, o que configura, segundo seus representantes, assédio moral institucionalizado.

Mbappé afirma que foi coagido de maneira sistemática para renovar o vínculo, numa tentativa de limitar sua autonomia contratual e obrigá-lo a seguir no clube.

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⚠️ Impacto esportivo: Mbappé aciona UEFA

A briga jurídica não está restrita aos tribunais franceses. O camisa 10 da seleção francesa também levou o caso à UEFA, solicitando uma revisão da licença esportiva do PSG, o que pode impactar diretamente a presença do clube na próxima edição da Champions League.

Embora ainda não haja decisão nesse sentido, o pedido indica que Mbappé está disposto a levar a disputa até as instâncias máximas do futebol europeu.

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📉 PSG tenta ganhar tempo

Com o processo em andamento, a Justiça francesa optou, até o momento, por suspender a cobrança do valor milionário, o que oferece um breve alívio financeiro ao PSG. No entanto, com a denúncia de assédio moral ganhando espaço nos tribunais e na mídia, o clube vê sua reputação institucional sob ameaça.

Enquanto isso, tanto o PSG quanto o Real Madrid seguem se preparando para a disputa da primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, com Mbappé como uma das estrelas em campo — ainda que, fora das quatro linhas, o embate entre as partes esteja longe do fim.

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🤔 Por que isso interessa?

O caso Mbappé vs PSG vai além de uma disputa trabalhista: escancara as tensões entre jogadores de elite e clubes bilionários, questionando os limites do poder corporativo no futebol. O uso de estratégias como o “lofting” levanta debates sobre os direitos humanos no esporte e a autonomia dos atletas. Além disso, o envolvimento da UEFA sinaliza um possível precedente com impactos em licenças e torneios continentais. A briga entre Mbappé e PSG é, na prática, uma disputa sobre o futuro das relações trabalhistas no futebol global.