MC Cabelinho mergulha no reggae com “Rastafari”

MC Cabelinho mergulha no reggae com “Rastafari”

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🎶 Da quebrada ao Maranhão: um novo som nasce

MC Cabelinho, conhecido pelo domínio no trap, rap e funk, decidiu virar a chave. Seu novo single, “Rastafari”, lançado pela ONErpm, apresenta o artista em uma nova frequência sonora e espiritual. Pela primeira vez, ele se aventura no reggae — e não é só musicalmente. É uma escolha estética, afetiva e simbólica.

Gravado nos Lençóis Maranhenses, o clipe dialoga com a origem do seu avô, maranhense de sangue e de memória. É lá que o reggae pulsa como religião, cultura e resistência. E é lá que Cabelinho encontrou o cenário ideal para traduzir a leveza dessa nova fase.


🌱 “Rastafari” é mais do que música — é estado de espírito

A canção traz batidas lentas, arranjos orgânicos e vocais suaves. Mas é a letra que provoca: fala de amor, mas também da necessidade de abandonar o ego, o apego ao dinheiro, e cultivar fé. Um convite à introspecção e à espiritualidade — sem ser panfletário, mas profundamente afetuoso e reflexivo.

“As tempestades passam, mas a fé fica” — é o tipo de frase que sintetiza o espírito da faixa.

No clipe, Cabelinho aparece de peito aberto, entre dunas e lagoas, vestindo cores do reggae (verde, amarelo e vermelho) e com o corpo entregue à natureza. A direção artística não esconde: a ideia é mostrar um artista em harmonia com o mundo, com o tempo e com ele mesmo.


🎤 Uma metamorfose ambulante, no som e na tela

“Rastafari” chega na sequência do álbum “Não Sou Santo, Mas Não Sou Bandido” (dez/2024) e no embalo da carreira audiovisual de Cabelinho, que estrelou o filme “Confia: Sonho de Cria” e agora grava a série “Fúria”, da Netflix.

Entre palco, câmera e estúdio, o artista se afirma como um nome inquieto, que não se repete. A homenagem logo no primeiro verso do single — “prefiro ser uma metamorfose ambulante” — não é gratuita. É manifesto. Cabelinho recusa rótulos e abraça o risco criativo.


💬 Rastafari: entre fé, mar, amor e raízes

O Maranhão não é só cenário: é mensagem. Ao escolher os Lençóis para esse lançamento, Cabelinho coloca o Nordeste como epicentro da espiritualidade popular, da conexão com o reggae e da ancestralidade que molda identidades. É o Brasil profundo ganhando cor, som e poesia na tela.

Essa conexão também é emocional: “Rastafari” é um reencontro com a própria história, com a linhagem familiar e com uma musicalidade que sempre esteve por perto — mas só agora foi abraçada.


📣 Por que isso interessa?

Porque representa liberdade criativa em um mercado que muitas vezes aprisiona artistas em fórmulas de sucesso. Cabelinho desafia a lógica das bolhas: um nome do trap que canta reggae, filma no Maranhão, fala de fé e amor com sensibilidade rara. Em tempos de hits descartáveis, “Rastafari” é arte com propósito.