🔊 Funk de favela, arte de verdade
MC Hariel, um dos maiores nomes da música urbana brasileira, retorna às origens com o álbum “Eh Noiz ki Tá”, lançado em 21 de agosto pela Warner Music Brasil e GR6. O projeto é um mergulho de cabeça no funk de raiz, com batidas vibrantes, letras afiadas e a energia dos becos e vielas que moldaram sua trajetória.
Depois de projetos mais introspectivos como Alma Imortal e Funk Superação, Hariel traz um álbum vivo, dançante, com o DNA da favela pulsando em cada faixa. O título “Eh Noiz ki Tá” não é apenas uma frase — é um grito de presença e autoafirmação.
“Significa que nós estamos em diversos lugares ao mesmo tempo, enfincando a bandeira do funk com muito orgulho”, resume Hariel.
🤝 Um disco coletivo e de impacto
Com 15 faixas e participações de peso, o álbum reúne nomes como Kayblack, Ferrugem, MC Cabelinho, Rael, Major RD, Neguinho da Kaxeta, Vulgo FK, MC Kadu, MC Kako e AJulia Costa. A produção sonora é assinada por Nagalli, DJ Murilo e LT no Beat, Ajaxx e DJ Perera, entre outros.
A faixa “Eh Noiz ki Tá”, lançada em julho com clipe dirigido por Tico Fernandes e Kaique Alves (KondZilla), antecipou o tom do projeto: leveza, autoafirmação e pertencimento. Já a música “XT -2” chama atenção pelo uso de um sample de Pepeu Gomes, ampliando o diálogo entre o funk e a música brasileira.
O álbum tem quatro pilares: arte, funk, cultura e união. E Hariel entrega todos eles com autenticidade.
📀 Faixas para ficar de olho
- “Aston Martin” com Kayblack: rima pesada, flow afiado e melodia imponente.
- “5 Letras” com Neguinho da Kaxeta e MC Kadu: lirismo do funk consciente com estética de rua.
- “Sinceridade” com MC Cabelinho: introspecção em beat de quebrada.
- “Sede de Vencer” com Ferrugem: uma fusão inesperada de samba e funk que emociona.
- “Bloco de Notas” com MC Kako: reflexões pessoais com rima afiada.
🔥 Haridade em sua melhor fase
Com mais de 5 bilhões de streams, 18 milhões de seguidores e hits que marcaram uma geração, como Maçã Verde e Cracolândia, MC Hariel volta agora com um projeto que é tanto celebração quanto afirmação: o funk é cultura, é arte, é voz da favela.
Aos 27 anos, Hariel segue construindo pontes entre a quebrada e o mundo, entre o sentimento e o som, sem perder a ginga nem a verdade. “Eh Noiz ki Tá” é, acima de tudo, um manifesto musical de quem sabe de onde veio e não esquece pra onde quer ir.
🧩 Por que isso interessa?
Porque Hariel traduz como poucos a potência cultural do funk brasileiro. Em um momento em que o gênero busca consolidar seu espaço fora dos estigmas, um álbum como “Eh Noiz ki Tá” mostra que o funk pode ser pop, poético, político e popular ao mesmo tempo. É um projeto que valoriza a favela sem folclorizar, que fala de superação com batida e verdade.
Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet, editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.