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Megaoperação no Alemão e na Penha pode ultrapassar 100 mortos; clubes do Rio suspendem atividades

por CRIAA · 29 de outubro de 2025

Aumento no número de vítimas e o impacto real na cidade

A operação policial nos bairros do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, já contabilizou 64 mortes confirmadas e 81 presos, até momento. No entanto, moradores e ativistas afirmam que o total pode ultrapassar os 100 mortos, já que muitos corpos estariam ainda nas matas da região, sem retirada oficial.

Segundo relatos, os confrontos se concentraram na área de mata da Vacaria e na Serra da Misericórdia, onde corpos permanecem aguardando remoção e reconhecimento. Um ativista que ajudou na retirada descreveu o cenário como “brutal e violento num nível desconhecido”.


Clubes do Rio param: o esporte que também sente o impacto

Diante da gravidade da situação, diversos clubes profissionais no estado decidiram suspender ou ajustar atividades:

  • Jogos da Terceira Divisão do Campeonato Carioca foram adiados para 5 de novembro.
  • O clube Botafogo cancelou atividades das categorias de base na tarde da terça-feira.
  • O evento do Fluminense, “FluMusic”, previsto para a noite de terça, foi adiado por razões de insegurança urbana.
  • Funcionários de clubes que moram nas áreas afetadas foram liberados mais cedo ou trabalharam remotamente.

O futebol, que muitas vezes reflete a cidade, agora também se torna vítima do cenário de violência e caos.


O que está por trás desse efeito dominó

A violência extravasou o ambiente das favelas e derrubou:

  • A mobilidade urbana: vias expressas bloqueadas, transporte público suspenso.
  • A rotina dos clubes: treinos, partidas e logística comprometidos.
  • A segurança operacional: torcedores, atletas e infraestrutura em risco.

Quando o esporte para, é o reflexo de uma cidade que entraria em colapso se o sistema de segurança falhar.


Por que isso interessa?

Porque não é só uma operação policial.
É um choque de estrutura social, urbana e esportiva.
Quando mais de 100 pessoas podem ter morrido e clubes dizem “não dá pra treinar”, todo o sistema se inclina.
O futebol que representa identidade, alegria e convivência… também sofre com a guerra urbana.

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