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🧿O amuleto de Víctor Manuel “Mono” Villagra: o torcedor veterano do Boca que usava a camisa do Flamengo 🔴⚫

por CRIAA · 25 de outubro de 2025

⚽ A história que virou mito nas arquibancadas

Víctor Manuel “Mono” Villagra é mais que um torcedor do Boca Juniors. Ele é um dos símbolos da “La 12” — e também um sobrevivente da Guerra das Malvinas. O que o tornou lendário, porém, não foi apenas sua coragem no campo de batalha, mas o gesto mais inesperado da arquibancada: durante mais de duas décadas, ele entrou na Bombonera vestindo uma camisa do Flamengo.

O veterano argentino, que carregava fotos dos jogadores do Boca como proteção durante a guerra, transformou essa regata rubro-negra em seu amuleto pessoal. Uma peça fora de lugar que virou símbolo de fé, resistência e sorte.


🎖️ Da guerra à arquibancada

Em 1982, Villagra foi enviado para as Ilhas Malvinas. Lá, entre trincheiras e frio extremo, ele levava consigo recortes e fotos de jogadores do Boca Juniors — não como lembrança, mas como escudo espiritual.

Sobreviveu ao conflito e, quando voltou, retomou seu lugar na arquibancada. Mas agora, com outro olhar: para ele, o estádio era uma continuação da trincheira. A Bombonera virou território sagrado.


🔴⚫ O surgimento da “musculosa do Flamengo”

Segundo relatos de torcedores da La 12, Villagra ganhou a regata rubro-negra de um amigo veterano. Usou-a num jogo, o Boca venceu — e ele nunca mais entrou no estádio sem ela.

“Estuve 23 años con la remera del Flamengo en la barra de Boca.”
— Víctor “Mono” Villagra, em depoimento divulgado por fãs.

O contraste das cores era gritante. Azul e amarelo de um lado, vermelho e preto do outro. Mas no corpo do Mono, essa combinação se transformou em ritual, em mística.

A regata do Flamengo deixou de ser uma camisa de clube: virou amuleto de sobrevivente.


🧿 Quando o amuleto vira identidade

Na cultura das torcidas, o amuleto é um elo invisível entre a fé e o jogo. Pode ser um chaveiro, uma faixa, um gesto antes do gol. Para o Mono, era o tecido rubro-negro.

Essa peça o distinguia entre milhares. Representava sua resistência pessoal, sua conexão entre guerra e arquibancada, entre a vida e o que ela tentou lhe tirar.

O “erro de cor” virou assinatura.
A provocação, arte.
A contradição, poesia.


🏟️ O símbolo maior da La 12

Com o passar dos anos, Villagra se tornou uma figura reverenciada pela torcida. Recebeu homenagens oficiais, foi reconhecido como sócio honorário do Boca e transformou sua história em testemunho de paixão e sobrevivência.

Na Bombonera, o rosto dele é memória viva. A “camisa errada” é parte do folclore que a torcida conta — lembrando que o Boca é feito de gente que lutou, sofreu e acreditou.


💬 Frases que definem o mito

“A guerra acabou, mas o ritual continuou.”
“Não era sobre o clube. Era sobre a sorte.”
“A cor é detalhe. A alma é Boca.”


🧠 Por que isso interessa?

A história de Víctor “Mono” Villagra ultrapassa o futebol. É sobre identidade, fé e narrativa. Mostra que símbolos ganham força quando desafiam a lógica — e que o verdadeiro amuleto é aquele que carrega memória, coragem e propósito.

No mundo do esporte, da cultura ou da marca pessoal, o Mono ensina: o poder está em transformar o improvável em assinatura.

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