20 de maio de 2025

Nego Joca chega com o seu vaportrap no EP “Geração Vapor”

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Nego Joca chega com o seu vaportrap no EP “Geração Vapor”
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Já disponível nas plataformas digitais, o novo EP de Nego Joca, “Geração Vapor”, é mais do que um projeto musical: é uma travessia sonora entre tempos, estilos e identidades. Com seis faixas que costuram o vaporwave japonês, a poética do trap e samples oitentistas, o artista porto-alegrense cunha o termo “vaportrap” para definir a estética da obra.

Com referências que vão de Toshiki Kadomatsu a Millie Scott, o trabalho abraça o passado com olhos no futuro. “A sociedade ficou tão líquida que virou vapor”, diz Joca, explicando o conceito inspirado em Zygmunt Bauman. Seu alter ego, Vaporman, simboliza a resistência cultural no mundo acelerado.

Faixas como cápsulas de memória

A abertura “Nada Igual”, com UHG Saboti, une sample soul com estética VHS. “Vaporman”, com IURI ESTIGARRIBIA, investiga as tensões da era digital. Já “Patú” e “Muita Coisa” mergulham no city pop japonês, resgatando sonoridades esquecidas. Em “Ainda é Tempo”, com Victor Xamã, a leveza contrasta com a densidade de “Nova Era”, que encerra o EP com crítica ao colapso do capitalismo.

Visual e narrativa como extensão do som

A identidade visual, recheada de filtros VHS, computadores antigos e telefones de disco, reforça o clima nostálgico-futurista. Todos os clipes e visualizers foram roteirizados pelo próprio Joca, que também assina a direção musical do projeto. O EP é lançado pelo selo independente Sujoground, com produção executiva de Matheus Coringa.

Colaborações e protagonismo criativo

Além de UHG Saboti e IURI, o disco conta com participações de Ramaciote, Florence e Victor Xamã. Joca produziu quatro das seis faixas, e cuidou da coesão conceitual e visual do projeto — uma obra que propõe novas rotas para o trap nacional, com mais sutileza, inteligência e densidade.

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