Em 1970, Pelé já era amplamente reconhecido como um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. À medida que o Brasil caminhava para uma histórica conquista da Copa do Mundo, sua fama atingia patamares inéditos.
Aquela Copa foi a primeira a ser transmitida em cores, permitindo que milhões de pessoas ao redor do mundo acompanhassem os jogos com mais vivacidade. Com o crescimento dos patrocínios esportivos no futebol, Adidas e Puma firmaram um acordo singular, conhecido como o “Pacto Pelé”. Ambas concordaram em não competir por Pelé, evitando uma guerra de lances que poderia arruinar financeiramente as empresas.
Porém, durante o torneio, a Puma realizou um dos movimentos de marketing mais ousados da história. Hans Henningsen, representante da Puma, ofereceu a Pelé US$ 120 mil por um ato discreto, mas de grande impacto.
Pouco antes do início das quartas de final entre Brasil e Peru, Pelé caminhou até o centro do campo e pediu ao árbitro um momento para amarrar suas chuteiras. Um cinegrafista, também pago pela Puma, deu um zoom no exato momento em que Pelé se abaixava, revelando o inconfundível logo da Puma para milhões de espectadores ao vivo.
Naquele instante, o maior jogador do mundo se tornou o novo rosto da Puma, consolidando uma jogada publicitária histórica que marcou para sempre a rivalidade entre as duas marcas.