Desde 2021, a morte prematura do ícone do Hip Hop MF DOOM, o seguimento cult que ele criou antes de sua passagem continua mantendo sua herança viva e atual. No entanto, sua paixão artística foi herdada por seu filho primogênito, Daniel Dumile Jr. Como artista, Daniel Jr. se tornou uma força estabelecida por direito próprio, mas como sucessor do legado DOOM e da marca Metal Face, a profundidade e o significado por trás da máscara só podem ser explicados pelo primeiro descendente de DOOM.
Daniel Jr. sentou-se com a revista The Source para discutir sua exposição de arte mais recente dedicada a seu pai e sua peça de homenagem ao vilão mais irreconhecível do Hip Hop.
Daniel insinuou uma exposição dedicada a seu pai mais cedo neste ano, mas sentiu que a apresentação não estaria completa sem sua característica peça de homenagem. Quando perguntado por que esperou até agora para lançar sua peça de homenagem, Dumile Jr. respondeu: “Levei um tempo para me estabelecer depois que saí do Reino Unido. Tive a ideia de produzir uma série de pinturas em 2015. Por cerca de três anos desde então, passei uma parte do meu tempo nos Estados Unidos e o restante no exterior. Entre trabalhar com meu pai, viajar para visitar os mais velhos, perdas na família e a pandemia, eu não tinha tempo para me dedicar ao que precisava fazer.”
A homenagem é o ponto central da exposição de Dumile dedicada a DOOM; no entanto, sua explicação sobre a máscara e o homem por trás de sua criação parece um pouco mais profunda do que como foi explicada na música de seu pai. A explicação do herdeiro Metal Face é elaborada, mas prática, dizendo: “A peça se concentra na ideia do vilão. Os pontos suspensos após a palavra ‘vilão’ servem como um indicador de algo mais ou algo que está sendo deixado de fora.” Daniel elabora ainda mais sobre o personagem vilão, dizendo: “Vilão, então pontos suspensos significa vilão, então inesperado/inaparente. O personagem vilão nas histórias mostra o outro lado do herói ou o lado que nem todos podem ‘gostar’. A peça de homenagem consiste em quatro camadas principais que se baseiam em uma ideia central. Todas elas precisam ser reconhecidas para se ter a imagem completa.”
Fãs e críticos sempre buscarão as semelhanças entre o pai e o filho para ver os vestígios da arte que eles uma vez reverenciaram. O comportamento de Dumile, sua voz e até mesmo seu processo criativo quase espelham o de seu pai. Ele admite que seu sistema de valores de “conhecimento de si mesmo” foi instilado nele durante a criação de “Operation Doomsday”, acrescentando: “O estilo DOOM é um estilo fora do comum. Eu vi/ouvi meu pai aplicar essas ideias em sua carreira. Eu tento aplicá-las visualmente. A gravação de “Operation: Doomsday” ocorreu desde meados dos anos noventa até o final dos anos noventa. Eu recebi conhecimento de mim mesmo da minha avó e meu pai mais velho durante esse período. Ao mesmo tempo, estava sendo exposto à ‘quebrada’. Meu pai me mostrou como transferir o sentimento dessa situação e nossas experiências de vida na periferia em obras de arte.”
A obra de arte de Daniel Dumile Jr. está disponível. AQUI
A data de lançamento da peça de homenagem ainda não foi confirmada.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
