Oruam é transferido para cela coletiva em Bangu

Oruam é transferido para cela coletiva em Bangu

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🚨 Oruam vai para cela coletiva em Bangu

O cantor Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, foi transferido para uma cela coletiva na Penitenciária Serrano Neves (Bangu 3), na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A mudança ocorreu na semana passada, após nova audiência de custódia realizada no dia 4 de agosto.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), a transferência segue protocolos técnicos padrão da unidade prisional e ocorre após reavaliação do perfil do preso. O órgão também informou que a unidade não abriga lideranças de facções criminosas.


🧷 Sete acusações e nova denúncia por tentativa de homicídio

Oruam foi preso em 22 de julho, após a Justiça emitir mandado de prisão preventiva. Ele responde por sete crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

O caso teve novo desdobramento no dia 30 de julho, quando o artista e um amigo, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, viraram réus por tentativa de homicídio qualificada.


⚖️ O que diz o Ministério Público

A denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma que, após a apreensão de um menor, os réus e outros indivíduos lançaram pedras contra policiais de uma varanda com 4,5 metros de altura. Um agente foi atingido nas costas e outro precisou se proteger atrás da viatura.

As pedras, segundo o laudo, pesavam até 4,85 kg, com potencial letal. O MPRJ alega que os acusados agiram com dolo eventual, ou seja, assumiram o risco de matar.


📢 Defesa nega risco real e questiona provas

Em nota enviada à TV Globo, a defesa de Oruam afirmou que a acusação “insiste em uma narrativa fragilizada, sem provas materiais ou periciais concretas”. Os advogados também argumentam que a conduta dos policiais demonstraria ausência de risco real de morte durante o ocorrido.


🧩 Panorama jurídico

Oruam permanece preso preventivamente, agora em cela coletiva, enquanto aguarda o andamento do processo. A movimentação do caso reacende o debate sobre o tratamento judicial de artistas negros em confronto com o sistema penal e levanta questionamentos sobre a forma como o aparato repressivo é acionado em ações nas periferias.


📌 Por que isso interessa?

O caso de Oruam ilustra o cruzamento entre arte, juventude periférica e sistema penal. Um artista em ascensão no rap nacional agora vive o contraste entre o palco e a prisão, enquanto é alvo de um processo de múltiplas camadas judiciais. A situação exige atenção não só à legalidade das ações, mas também à forma como a justiça criminal brasileira lida com figuras públicas vindas da quebrada. A pergunta que fica: o sistema está julgando o ato ou o símbolo?