Oruam lidera Protesto em apoio a MC Poze

Oruam lidera Protesto em apoio a MC Poze

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Nesta sexta-feira (31), amigos, familiares e fãs do MC Poze do Rodo se reuniram nas proximidades do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, para pedir a liberdade do cantor, preso sob acusações de apologia ao tráfico e associação criminosa. Entre os manifestantes, estava o rapper Oruam, que também integra a cena do funk e do rap no Rio e se pronunciou em defesa de Poze. O grupo carregava cartazes com frases como “Liberdade para Poze” e “MC não é bandido”, além de entoar gritos como “Justiça para Poze!”

Criminalização do funk: um projeto antigo

A prisão de MC Poze e o protesto em sua defesa expõem mais uma vez a relação tensa entre o Estado e a cultura popular das favelas. Desde os anos 1990, o funk é tratado como um problema de segurança pública, e artistas são frequentemente acusados de fazer “apologia ao crime”, mesmo quando suas músicas apenas refletem o cotidiano das comunidades.

O caso de Poze não é isolado: ele se soma a uma longa lista de artistas perseguidos e criminalizados, em um cenário onde o Estado prefere silenciar vozes incômodas a enfrentar as desigualdades estruturais que alimentam a violência no Rio de Janeiro. A repressão ao funk não é só sobre músicas ou letras: é sobre censurar uma cultura que denuncia a ausência do Estado, o racismo estrutural e a falta de oportunidades. Enquanto isso, o funk segue como um dos maiores movimentos culturais do Brasil, resistindo e ecoando as vozes das periferias.