Oruam deixa a cadeia com tornozeleira e restrições; Poze acompanha em Bangu

Oruam deixa a cadeia com tornozeleira e restrições; Poze acompanha em Bangu

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🚨 Oruam em liberdade provisória

O rapper Oruam, preso desde julho de 2025, deixou nesta segunda-feira (29) a Penitenciária Serrano Neves, em Bangu, Zona Oeste do Rio. O alvará de soltura foi cumprido às 17h08, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Ao sair, o artista apareceu sorrindo, comemorando ao lado de fãs, e até vestiu uma máscara do Homem-Aranha, gesto que virou símbolo da sua irreverência mesmo em um momento delicado.


⚖️ Decisão do STJ

A soltura de Oruam foi garantida por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedida na última sexta-feira (26). A decisão revogou a prisão preventiva, permitindo que o rapper responda em liberdade até o julgamento definitivo do recurso.

No entanto, ele terá que cumprir medidas cautelares:

  • Uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
  • Proibição de frequentar o Complexo do Alemão;
  • Restrições de deslocamento definidas pela Justiça.

Oruam foi indiciado por sete crimes, que ainda serão julgados em instâncias superiores.


👥 Poze e Cabelinho marcam presença

Na porta da penitenciária, Oruam foi recebido por uma multidão de fãs e amigos. Entre eles estavam os rappers MC Poze do Rodo e MC Cabelinho.

A cena remeteu a junho, quando Poze deixou a prisão após cinco dias e Oruam esteve presente para recepcioná-lo. Na ocasião, houve tumulto e a PM precisou usar spray de pimenta para conter a aglomeração.


🕷️ Oruam e o simbolismo da máscara

O uso da máscara do Homem-Aranha não foi por acaso. Oruam já havia usado o personagem como referência em outras ocasiões, criando uma narrativa de resistência, dualidade e anonimato — como se fosse um alter ego.

Dessa vez, o gesto pode ser lido como uma mensagem para os fãs: mesmo cercado de acusações, ele se mantém firme, buscando se reinventar fora das grades.


📌 Por que isso interessa?

A soltura de Oruam não é apenas um caso jurídico, mas um episódio que mobiliza a cena do rap e do funk carioca. Sua volta ao convívio social, ainda que sob medidas cautelares, reacende discussões sobre a criminalização de artistas periféricos, a relação da música com a Justiça e o impacto simbólico desses ídolos para a juventude das favelas.

Enquanto isso, sua trajetória segue em disputa — tanto nos tribunais quanto nos palcos.