Parceria entre a GR6 e a Prefeitura de São Paulo é criticada, entenda

Parceria entre a GR6 e a Prefeitura de São Paulo é criticada, entenda
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Há alguns dias, este comunicador que aqui vos fala, vem observando uma crescente nas críticas sobre a parceria da gravadora GR6 e a Prefeitura de São Paulo. Entre os críticos temos músicos, produtores culturais e outras personalidades ligadas as periferia.

Se você não está ligado, a GR6 anunciou uma parceria com Prefeitura de São Paulo para reforma de 40 quadras esportivas em bairros e comunidades da cidade. A inauguração das quadras contará com a presença de artistas da GR6.

2024 é um ano de eleição e muitos fatores estão sendo levantados diante disto, um deles é a possibilidade do ex-comandante da Rota, Ricardo Mello Araújo, como candidato a vice-prefeito na chapa de Ricardo Nunes (MDB), que tenta ser reeleito em São Paulo (SP).

Críticas à Negociação Cultural

Renata Prado, produtora cultural e dançarina, expressou seu descontentamento, destacando que o Funk, como cultura periférica, não deveria ser negociado por empresários. Em suas redes sociais, ela ressaltou a oposição política dentro do movimento Funk e afirmou que o mesmo é um movimento cultural orgânico, não um empreendimento empresarial.

Anúncio e Encontro

A colaboração foi divulgada pelas redes da GR6 após um encontro entre o prefeito Ricardo Nunes e o presidente da produtora, Rodrigo Oliveira. A reunião contou com a presença de diretores da empresa e secretários municipais. De acordo com o site oficial da Prefeitura, as 40 reformas são uma celebração pelos 40 milhões de seguidores do canal da GR6.

Lobby e Política Pública

Renata Prado levanta a questão de a iniciativa poder ser interpretada como lobby, destacando que, se as reformas serão financiadas pelos cofres públicos, é crucial um diálogo mais amplo com representantes do movimento Funk. Ela questiona quem realmente será beneficiado por essa parceria e se uma única empresa pode representar toda a diversidade do movimento.

Críticas Eleitorais

Além disso, surgem acusações de uso político do movimento Funk em ano eleitoral. Influenciadores como Thiago Torres, conhecido como Chavoso da USP, criticam a aproximação do presidente da GR6 com o prefeito, alegando que o Funk está sendo comercializado para gerar lucro a grandes empresários.

Política e Apelo Sociocultural

Thaynah Gutierrez, administradora pública, destaca a associação de políticos a movimentos socioculturais em anos eleitorais. Ela enfatiza a importância de os líderes políticos se concentrarem em políticas públicas essenciais, ao invés de adotar estratégias de entretenimento para enganar a população.

Tentativa de Terceirização Cultural

O prefeito Ricardo Nunes já enfrentou críticas em 2023 por tentar privatizar Casas de Cultura periféricas. A proposta da Secretaria Municipal de Cultura de transferir a gestão para empresas privadas gerou protestos, com manifestantes defendendo a manutenção pública desses espaços culturais.

Em meio a essa controvérsia, a parceria entre a Prefeitura e a GR6 levanta debates sobre a genuinidade das intenções e a representatividade real do movimento Funk diante de interesses políticos e comerciais.

https://twitter.com/micagando/status/1753076345767362744
https://twitter.com/siquieri_/status/1753559714393100769

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