Maellen é natural de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Iniciou a carreira como streamer, logo após participar do Pro-League Free Fire. Mulher e pertencente a comunidade LGBTQIAP+, teve que lidar com o machismo e quebrar várias barreiras existente neste tipo de entretenimento.
A sua vocação para a música veio bem antes dos games
“Quando eu era mais nova já queria virar cantora, aí um amigo sugeriu que eu virasse MC e eu comecei a tocar nos bailes, em umas festinhas, mas nesse meio tempo conheci o Free Fire e as coisas mudaram”.
Ela falou sobre tudo isto neste perfil com a RAPGOL Magazine, confira:
Em 2021 você acreditou em um sonho e entrou de cabeça na música, como foi o seu primeiro contato com o rap?
Minhas primeiras experiências na música vieram muito da cultura de rua, dos bailes no Rio de Janeiro e, de certa forma, o rap e o trap estavam ali também. Isso foi moldando muito as minhas influências musicais. Quando eu comecei a trabalhar forte na música, era algo que já estava completamente presente na minha personalidade musical.
As suas músicas apresentam sonoridade muito positiva, podemos dizer que este é seu pensamento de vida?
Com certeza! Óbvio que a vida não é só sorriso e coisa boa, mas é importante trazer essa positividade para as coisas que fazemos, para poder lidar com tudo da melhor forma. Tive muitas experiências difíceis na vida e me cercar de positividade foi a melhor forma de passar. Isso se reflete também no meu trabalho, de onde eu venho me encontrando numa fase mais bem humorada, trazendo também esse lado mais divertido e positivo para a música.
Você tem músicas com o PK, Pelé Mil Flow, MC Caverinha e Vulgo FK, nomes relevantes na cena rap/trap. Quem você tem como referência no Rap Nacional?
Hoje, para mim, as principais referências são o Filipe Ret e Matuê. São dois caras que curto muito o trabalho, que me inspiram e que seria um prazer fazer um feat, também.
Além de cantora, você é uma das principais jogadoras de ‘Free Fire’ do Brasil. Como foi para você, mulher e pertencente a comunidade LGBTQIAP+, quebrar as barreiras existente neste tipo de entretenimento?
Foi difícil, porque muita gente já te desmerece de cara por tu ser mulher, mas tu tem que se blindar e provar duas, três vezes mais, o teu valor. Não é fácil, mas eu sei o que eu quero e vou pra cima, para conseguir. Hoje, nas lives de streaming eu acabo tendo um público jovem e sempre tento repassar essas bases do respeito para eles, porque muitos ainda tão em formação de caráter e não tem muita ideia do quanto pode ser ruim e prejudicial para os outras atitudes machistas e homofóbicas.
Fomos Recentemente surpreendidos com a sua participação ao lado da Anitta no videoclipe “Tropa”. Como aconteceu esta conexão?
Poxa, essa foi uma surpresa maravilhosa. Eu sou super fã da Anita, admiro demais ela como artista, como pessoa, como mulher e ter sido convidada para participar do clipe foi uma grande honra. O contato veio através da Garena, que publicou o jogo e fez o convite para mim e outros jogadores profissionais. Foi divertido demais participar da produção e contracenar com a “Patroa”.
Seu último lançamento “Jaqueline” fez até chorar (risos), como anda o coração?
“Jaqueline” foi uma música muito legal que nós trabalhamos. Era para ser uma sofrência, mas o Dalto Max, que produziu a música comigo, e eu temos esse lado brincalhão, que acabou dando essa cara divertida para a música. Mas por aqui o coração tá feliz, tá tranquilo, tá recebendo muito carinho (risos).
Além deste ultimo projeto em todas as plataformas de streaming, podemos esperar mais novidades ainda para 2022?
Com certeza, 2022 ainda tem muita Maellen chegando aí. Na semana que vem vamos definir alguns próximos passos e podem ficar atentos que logo tem música nova chegando.