Pete Mcee e Lucas Bin Traduzem “O Barulhento Silêncio da Resiliência” em Rima e Verdade

Pete Mcee e Lucas Bin Traduzem “O Barulhento Silêncio da Resiliência” em Rima e Verdade

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Treze anos de caminhada. Treze anos de resistência. Pete Mcee, rapper que já carrega cicatrizes, histórias e vivências suficientes para compor álbuns inteiros, entrega em 2025 o trabalho mais maduro e impactante de sua carreira: o EP “O Barulhento Silêncio da Resiliência”, colaboração com o produtor Lucas Bin, que chega com quatro faixas e participações de peso, como Menor’D, Kyle Fortes, Leal e Cruz.

Com produção executiva de Rafael Skraba e identidade visual assinada pelo diretor e fotógrafo Gabriel Rodriguez, o EP é um retrato intenso de quem sobreviveu e aprendeu a transformar o barulho interno – feito de inseguranças, dúvidas e lutas – em arte. A resiliência, palavra que Pete elege como guia da própria trajetória, ganha camadas e ecos em cada faixa.

SEM FREIO! — A largada com confiança e punchlines

O EP abre com “SEM FREIO!”, faixa que já chega como um soco lírico. Sobre um boombap visceral de Lucas Bin, Pete entrega linhas afiadas e postura firme, sem meias palavras. É a carta de apresentação do projeto, onde o rapper mostra que, depois de mais de uma década rimando e resistindo, agora é ele quem dita o ritmo.

Cosa Nostra / Jangada — A resiliência que navega contra a corrente

Na sequência, entra “Cosa Nostra / Jangada”, com participação do talentoso Kyle Fortes, nome promissor de Londrina que tem ganhado espaço no cenário nacional. A produção, dividida entre Lucas Bin e o co-produtor dluccx, cria um ambiente denso, introspectivo e fluido. A faixa é, talvez, a síntese mais precisa do conceito do EP: a resiliência não como silêncio passivo, mas como resistência ruidosa ao tempo, à dor e ao sistema.

Palpite — O que importa e o que não presta

A terceira faixa, “Palpite”, é uma aula de posicionamento. Produzida por Caco e Lucas Bin, traz Pete Mcee ao lado de Menor’D, em versos que falam sobre escolhas, sobrevivência e prioridades. A letra faz uma separação clara entre o essencial — família, dignidade, sonho — e o descartável, como a hipocrisia e o julgamento alheio. É o rap que aponta desigualdades com a mão suja de calo e consciência.

Não Abuse — A arte como salvação

O EP se encerra com “Não Abuse”, uma pedrada colaborativa entre Pete, Leal (do grupo Primeiramente) e Cruz. A produção, novamente assinada por Lucas Bin com co-produção de dluccx, cria uma base reflexiva para versos profundos, onde cada MC traz uma perspectiva sobre o impacto da arte na sobrevivência física e mental. O refrão é um alerta — quase uma oração — sobre os limites da sociedade e a força de quem escolheu o microfone em vez da arma.

As quatro faixas vêm acompanhadas de videoclipes já disponíveis no canal de Pete Mcee no YouTube, todos dirigidos por Gabriel Rodriguez, reforçando o conceito visual e narrativo do EP. Com direção de arte cuidadosa e estética urbana, cada clipe se conecta ao universo de “O Barulhento Silêncio da Resiliência” como capítulos de um mesmo livro.

O melhor momento da carreira

O EP chega no melhor momento da trajetória de Pete Mcee — um artista que não apenas sobreviveu ao tempo, mas soube usá-lo como matéria-prima. Em 2025, ele completa 13 anos de estrada, colecionando conquistas e reconhecimento como nunca antes. Mais que um lançamento, o EP é um marco: é quando o barulho e o silêncio, enfim, se entendem.