Hoje relembramos o dia em que o rapper Eric “Eazy-E” Wright, pioneiro do gangsta rap, faleceu em decorrência de complicações causadas pelo vírus HIV, há 29 anos, em 1995. A notícia veio menos de 10 dias após Eazy-E tornar sua condição pública.
Embora outros rappers como Schooly D e Ice-T tenham pavimentado o caminho para o gangsta rap, Eazy-E se diferenciava. Ele era um verdadeiro empreendedor. Seu sucesso não estava restrito ao mundo da música – mesmo que não tivesse entrado no rap, ele teria encontrado outra forma de prosperar financeiramente.
Em 1986, Eazy-E se juntou a Jerry Heller para fundar a Ruthless Records.
Dizem que Wright investiu até US$ 250.000 do próprio bolso, dinheiro ganho “nas ruas”, para financiar a gravadora. Devido a isso, como Heller mencionou em sua autobiografia intitulada “Ruthless”, Eazy-E detinha 80% dos direitos da empresa.
“Sim, eu era um cara da rua em Compton, fazendo coisas que a maioria desaprova, mas deu resultado. Aí começamos a rimar sobre a realidade, o que irritou a polícia e o FBI. Mas a nossa mensagem pegou em cheio, e todo mundo nos Estados Unidos começou a prestar atenção nos moleques do gueto.”
A Ruthless Records lançou nacionalmente Dr. Dre e Ice Cube. A receita? Gangsta Rap. Letras pesadas e retratos crus da vida em gangues, violência, discriminação racial, brutalidade policial e o cotidiano de uma comunidade negra na era Reagan e do crack. Essa fórmula consolidou não apenas a gravadora, mas também transformou os grupos e artistas associados a ela em figuras lendárias do hip-hop.
Infelizmente, apenas nove anos depois, em 1995, o mundo perdia Eric “Eazy-E” Wright para complicações causadas pela AIDS.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.