Pirataria de transmissões esportivas na Espanha supera média europeia em 25%

Pirataria de transmissões esportivas na Espanha supera média europeia em 25%
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A pirataria de transmissões esportivas segue sendo um problema alarmante na Europa, especialmente na Espanha, onde o acesso mensal a conteúdos esportivos ilegais é 25% superior à média da União Europeia. De acordo com o relatório do Escritório da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), a fraude audiovisual cresceu 36,5% entre 2021 e 2023 no continente, impactando seriamente setores como o futebol espanhol.


Impactos financeiros e sociais

O futebol na Espanha, que emprega mais de 190 mil pessoas e contribui com cerca de €8,4 bilhões para o PIB nacional, sofre perdas estimadas entre €600 milhões e €700 milhões devido à pirataria. Em apenas seis meses de 2024, foram registradas 5,3 milhões de transmissões ao vivo pirateadas na Europa, segundo a consultoria Grant Thornton.

Além disso, plataformas ilegais como a Cristal Azul, desativada pela Guardia Civil em novembro, geravam prejuízos superiores a €42 milhões, com mais de 78 mil usuários acessando ilegalmente jogos da LALIGA.


Declarações e medidas contra a pirataria

Javier Tebas, presidente da LALIGA, criticou a falta de ações eficazes contra a pirataria:

“Isso nos afeta diretamente e impacta centenas de milhares de pessoas. Temos que enfrentá-lo e combatê-lo.”

A LALIGA também reportou avanços, como a desativação de mais de 8.000 grupos no Telegram entre 2022 e 2024, totalizando 45 milhões de usuários. Recentemente, ações coordenadas em toda a Europa alcançaram 22 milhões de usuários de IPTV, com perdas estimadas em €3 bilhões por ano.


Uma indústria global lucrativa

A fraude audiovisual é uma das atividades ilegais mais rentáveis do mundo, com estimativas de gerar €10,5 bilhões em perdas até 2025. Esse impacto global motivou a realização da primeira conferência contra a fraude audiovisual na América Latina, organizada pela LALIGA em Buenos Aires.

Representantes de organizações como UEFA, ESPN e LFP Media, além de políticos de países como Brasil e Argentina, discutem soluções para combater essa prática, que continua crescendo em escala global.

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