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Projota resgata suas raízes e lança mixtapes históricas nas plataformas

por CRIAA · 7 de novembro de 2025

O rap brasileiro ganha um movimento de memória e legado. Projota decidiu revisitar o início da própria história e lançar, oficialmente nas plataformas digitais, seus projetos independentes — aqueles que moldaram uma geração e ajudaram a reescrever o rap no país.

O primeiro capítulo dessa jornada é o EP “Carta Aos Meus”, lançado originalmente em 2009 e agora disponível em todas as plataformas via ONErpm a partir desta sexta-feira (7). É o ponto de partida de uma série que devolve ao público uma parte essencial da cultura do rap.

🧠 Voltar ao começo para seguir em frente

Antes de hits, rádios e palcos nacionais, Projota era um jovem de São Paulo com rimas afiadas e um sonho gigante.
Suas primeiras mixtapes surgiram de forma artesanal: faixas soltas no YouTube e SoundCloud que, quando ganhavam corpo, viravam um projeto compilado — e eram elas que colocavam o artista na estrada, garantindo shows e construindo uma base de fãs leal.

“Se esses trabalhos tocaram tantas pessoas, podem tocar novas. É como se parte da minha história estivesse fora dos livros”, diz Projota.

🎤 A geração que mudou o jogo

Projota fez parte de um dos movimentos mais importantes da música brasileira no século XXI.
Entre batalhas de rima e mixtapes, estava lado a lado de nomes como Emicida, Rashid, Karol Conká e Criolo, no momento em que o rap saiu da margem para ocupar o centro da cultura.

As conquistas não vieram à toa:
🏆 4x campeão da Batalha do Santa Cruz
🏆 3x campeão da Rinha dos MCs

Foi nesse período que ele transformou dor, revolta, amor e espiritualidade em letras que se tornaram espelho para jovens do país inteiro.

💿 A linha do tempo que volta ao mapa

A chegada de “Carta Aos Meus” ao streaming abre a sequência de lançamentos que incluirá:

  • “Projeção” (2010)
  • “Projeção Pra Elas” (2010)
  • “Não Há Melhor Lugar No Mundo Que O Nosso Lugar” (2011)
  • “Ao Vivo – Realizando Sonhos” (2012)
  • “Muita Luz” (2013)

Não é apenas catálogo: é patrimônio cultural de uma era em que o rap brasileiro encontrou novas linguagens, público e sonoridades.

🌟 Do acústico ao pop: o artista que arriscou primeiro

Antes do rap acústico virar tendência, Projota já estava misturando beats com violão, MPB, pop e rock.
Sua versatilidade abriu portas para colaborações e aproximou o rap de outras cenas — sem perder essência.

Ao relançar suas obras, ele não só celebra sua carreira, mas também preserva a memória de um movimento que formou novas gerações.


💬 Por que isso interessa?

Porque sem as mixtapes independentes, não existiria o Projota que o Brasil conhece hoje — e parte dessa história estava fora do alcance das plataformas.
O retorno desses projetos não é nostalgia: é preservação cultural.
É devolver às ruas, aos fãs e às futuras gerações o som que ajudou o rap brasileiro a mudar de fase.

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