Pusha T responde críticas sobre repetição no Clipse: “Rap é como mob movie — não é pra agradar todo mundo”

Pusha T responde críticas sobre repetição no Clipse: “Rap é como mob movie — não é pra agradar todo mundo”

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🔥 Clipse enfrenta questionamentos após retorno — e responde com firmeza

Após o sucesso de crítica e público do álbum Let God Sort Em Out, o Clipse — formado pelos irmãos Pusha T e Malice — está novamente no centro das conversas. Mas junto ao hype, surgiram críticas sobre o duo “seguir batendo na mesma tecla”, especialmente no que diz respeito às rimas de rua e temáticas sobre o tráfico de drogas.

Para alguns, o grupo se mantém preso ao passado. Para outros, isso é justamente o que mantém a essência viva. E foi com esse segundo espírito que Pusha T respondeu sem rodeios durante uma participação recente no podcast Joe and Jada, ao lado de Fat Joe e Jadakiss.


🎙️ “Não tô tentando agradar ninguém, só a mim mesmo”

Durante o papo, Pusha tratou com naturalidade as críticas:

“Rap sempre veio de um lugar real. Hoje em dia, eu comparo com quem gosta de filme de máfia. Não assisto terror, assisto A&E — é mais assustador, porque é real. Não dá pra agradar todo mundo.”

Ele ainda deixou claro que sua arte não é voltada para agradar públicos genéricos:

“23 anos nisso? Eu não tô tentando agradar ninguém além de mim. Eu sei o que me toca, e é pra esse tipo de pessoa que eu faço música. Quem faz esse tipo de crítica… provavelmente a gente nem se daria bem. Eu provavelmente nem gosto de você.”


🧬 O Clipse é sobre família — e lealdade

Let God Sort Em Out traz momentos explícitos de lealdade e desabafo. Pusha usa boa parte do disco para reforçar seus laços com Pharrell Williams, atacando rappers como Travis Scott por, segundo ele, desrespeitarem o produtor. O tom é mais íntimo que ofensivo — quase um acerto de contas moral.

No podcast, ele reforça esse valor:

“Eu sei quem é minha família. E é por eles que eu rimo.”


💡 Por que isso interessa?

A fala de Pusha T reafirma a importância da coerência narrativa no rap. Em uma era onde a pressão por versatilidade muitas vezes dilui a identidade de artistas, o Clipse mantém o foco: rimas densas, atmosferas cinematográficas e um código de conduta que só quem vive (ou respeita) entende.

Mais do que falar sobre o passado, o Clipse traduz um tipo de consistência rara no hip hop. E Pusha T, com quase 25 anos de carreira, parece mais afiado do que nunca — exatamente por não tentar ser o que não é.