Há dois anos, o cantor e compositor vencedor do Grammy, R. Kelly, foi condenado a 30 anos de prisão por tráfico humano e violação da Lei Mann. O cantor de R&B de Chicago não está desistindo sem lutar. Agora, Kelly está buscando anular sua condenação ao recorrer à Suprema Corte dos Estados Unidos.
Fundamentos Legais para o Recurso
A advogada de R. Kelly, Jennifer Bonjean, apresentou uma petição argumentando que suas condenações por posse de pornografia infantil e por induzir menores a praticar atos sexuais devem ser anuladas. Bonjean alega que os atos supostamente ocorreram de meados para o final da década de 1990 e, portanto, estão prescritos.
Debate sobre o Prazo de Prescrição
O cerne do argumento de Kelly gira em torno do prazo de prescrição. Quando Kelly foi acusado em 2020, ele argumentou que o prazo de prescrição havia expirado. No entanto, os promotores citaram o PROTECT Act de 2003, que tornou o prazo de prescrição para crimes sexuais contra crianças indefinido. Bonjean argumenta que essa lei não deve ser aplicada retroativamente a condutas ocorridas antes de sua promulgação.
PROTECT Act de 2003
O PROTECT Act foi projetado para estender indefinidamente o prazo de prescrição para crimes sexuais contra crianças cometidos após 2003. Segundo Bonjean, o Congresso não incluiu uma disposição que aplicaria a lei a crimes cometidos antes de sua promulgação, o que constitui a base do recurso de Kelly.
Condenações e Sentenças Anteriores
Em 2020, R. Kelly foi condenado por seis de 13 acusações, incluindo três por pornografia infantil e três por indução. Ele recebeu uma sentença de 20 anos e foi condenado a pagar danos substanciais às supostas vítimas.
Decisão da Suprema Corte Pendente
Espera-se que a Suprema Corte decida nos próximos meses se ouvirá o recurso de Kelly. Se o tribunal concordar em aceitar o caso, isso poderá levar a uma batalha legal significativa sobre a aplicação do prazo de prescrição em casos de crimes sexuais.