O CEO da Adidas, Kasper Rorsted, tentou minimizar a primeira perda trimestral da marca esportiva em quatro anos: que consumidores confinados podem precisar de mais roupas esportivas quando os países flexibilizarem a quarentena.
Mais de dois terços das lojas da Adidas estão fechadas devido à pandemia da covid-19, que levou a empresa a prever um segundo trimestre de prejuízo.
As vendas provavelmente cairão cerca de 40%. A ação da Adidas, que perdeu quase um terço do seu valor este ano, acumula alta desde a segunda-feira (27) com um otimismo sobre a existência de vida para os artigos esportivos. “As pessoas que estão trancadas em apartamentos ou casas por quatro, seis, oito ou dez semanas, como tem sido o caso em muitos lugares do mundo, realmente querem sair e se mover, exercitar-se, andar ou correr”, disse Rorsted em uma entrevista para a Bloomberg TV.
As empresas de bens de consumo estão apostando em produtos com a demanda mais resistente para ajudar a compensar as pilhas crescentes de estoque não vendido. Na semana passada, a Nestlé relatou forte demanda por refeições de conveniência, mesmo quando os consumidores diminuíam suas compras impulsivas de sorvete e água engarrafada. O estoque da Adidas aumentou 32% no primeiro trimestre, quando a empresa recuperou produtos não vendidos das lojas na China e os varejistas cancelaram os pedidos.
Além das vendas on-line, a China e a Coréia do Sul, onde as lojas foram reabertas, estão ajudando a diminuir a queda nas vendas. Enquanto o crescimento global das vendas on-line tiveram um aumento de 55% em março, as três primeiras semanas de abril, que marcam o início do segundo trimestre, indicam melhora com a abertura gradual da China.
Rorsted disse que a Adidas pode bater a meta deste ano de 4 bilhões de euros (US$ 4,3 bilhões) em receita vida do comércio eletrônico. Ainda assim, as vendas on-line não compensam o fechamento de lojas na Europa, América do Norte e do Sul, Rússia e outras partes da Ásia, que já cortaram 1 bilhão de euros de receita.
No Brasil, os clubes patrocinados pela marcas estão enfrentando problemas para receber as parcelas de patrocínio.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
