Residente mostra muitas verdades em seu videoclipe “This is not America”, mexe com o ego da extrema direita e critica Bolsonaro; conheça a história do rapper porto-riquenho

Residente mostra muitas verdades em seu videoclipe “This is not America”, mexe com o ego da extrema direita e critica Bolsonaro; conheça a história do rapper porto-riquenho

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Residente a capa da RS

Rapper porto-riquenho Residente, ex-vocalista da banda Calle 13, lançou o videoclipe ““This is not America”, projeto que faz referência a violência e protestos na história da América Latina.

No videoclipe Bolsonaro aparece comendo um bife ao lado de uma criança e limpando a boca na bandeira do Brasil. Além de Bolsonaro, o Brasil está presente no clipe através de uma referência a “Cidade de Deus” e uma citação à repressão policial à época da Copa do Mundo de 2014, além de inúmeras bandeiras presentes ao longo de todo o vídeo.

A música que conta com a participação da dupla Ibeyi, a canção se chama “This is not America”, tem uma referência clara a “This is America”, de Childish Gambino. “A América não é apenas os Estados Unidos, papai. É da Terra do Fogo ao Canadá”, canta o rapper.

Conheça a história do rapper que mexeu com o ego da extrema direita

Residente é um rapper porto-riquenho que é revolucionário no que faz, não apenas pelas letras profundas e impactantes que protestam contra todo tipo de injustiça, mas também pela forma como desenvolve o próprio trabalho. Em 2017, Residente realizou uma exame de DNA para saber de onde vinham seus antepassados e decidiu ir a todos esses lugares e, em cada um deles, gravar suas canções e os sons feitos por músicos locais

Antes do projeto solo, Residente era o vocalista do grupo Calle 13, que tem a mesma pegada de protesto nas músicas. Uma das canções mais significativas, na minha opinião, é “Latinoamerica”. A música transforma o espírito latino-americano em poesia: “Eu sou, eu sou o que sobrou/ Sou todo o resto do que roubaram/ Um povo escondido no topo/ Minha pele é de couro, por isso aguenta qualquer clima/ Eu sou uma fábrica de fumaça/ Mão de obra camponesa, para o seu consumo (…) Sou o que sustenta minha bandeira/ A espinha dorsal do planeta, é a minha cordilheira/ Sou o que me ensinou meu pai/ O que não ama sua pátria, não ama a sua mãe/ Sou América Latina, um povo sem pernas, mas que caminha”.