Las Vegas, EUA – Em um desenvolvimento surpreendente, a Polícia de Las Vegas anunciou a prisão de Duane “Keffe D” Davis, um homem suspeito de envolvimento na morte do icônico rapper Tupac Shakur, assassinado em 1996. Essa notícia vem após anos de uma investigação que parecia estagnada, mantendo os fãs e a mídia em suspense.
Embora as acusações exatas contra Davis ainda não tenham sido divulgadas, sua prisão na sexta-feira (29) é vista como um grande avanço no caso. Autoridades com conhecimento direto da prisão afirmam que uma acusação formal é esperada em breve.
Keffe D há muito tempo era conhecido pelos investigadores, e ele próprio admitiu em seu livro de memórias de 2019, intitulado “Compton Street Legend”, que estava presente no Cadillac no momento do tiroteio fatal em setembro de 1996, quando Tupac Shakur tinha apenas 25 anos.
A reviravolta recente ocorreu cerca de dois meses depois que a polícia de Las Vegas realizou uma busca na residência de sua esposa em 17 de julho. Os documentos de busca indicavam que a polícia estava procurando itens “relacionados ao assassinato de Tupac Shakur”. Durante a operação, foram apreendidos vários itens, incluindo computadores, um celular, um disco rígido, uma revista Vibe com Shakur na capa, balas calibre .40, fotografias e uma cópia do livro de memórias de Davis de 2019.
No livro, Davis revelou que rompeu o silêncio sobre o assassinato de Tupac em 2010, durante uma reunião confidencial com autoridades federais e locais. Na época, ele estava enfrentando prisão perpétua por acusações de drogas e concordou em cooperar com as autoridades em troca de benefícios legais. Em suas palavras, ele se descreveu como uma das últimas testemunhas vivas do tiroteio que abalou o mundo da música.
Relembrando o trágico evento, Tupac Shakur foi morto a tiros em um tiroteio perto da Las Vegas Strip, na noite de 7 de setembro de 1996. O rapper estava em um BMW dirigido por Marion “Suge” Knight, fundador da Death Row Records, fazendo parte de um comboio de cerca de 10 carros. Enquanto aguardavam em um semáforo, um Cadillac branco parou ao lado deles e iniciou-se um tiroteio. Shakur foi atingido várias vezes e sucumbiu aos ferimentos uma semana depois.
Em 2018, Duane Davis confessou publicamente, durante uma entrevista, que estava presente dentro do Cadillac durante o ataque e implicou seu sobrinho, Orlando “Baby Lane” Anderson, como uma das duas pessoas no banco de trás de onde os tiros foram disparados. O tiroteio ocorreu após uma briga no cassino, envolvendo Anderson, Shakur e outros. Anderson negou qualquer envolvimento no assassinato de Tupac e acabou morrendo em um tiroteio em Compton, Califórnia, dois anos depois.
A morte de Tupac Shakur ocorreu no auge de sua carreira, enquanto seu quarto álbum solo, “All Eyez on Me,” dominava as paradas, com aproximadamente 5 milhões de cópias vendidas. O rapper, indicado seis vezes ao Grammy, é amplamente considerado um dos artistas mais influentes e versáteis do hip-hop.
A rivalidade entre Tupac Shakur e o rapper da Costa Leste, Notorious B.I.G. (também conhecido como Biggie Smalls), que foi morto a tiros em março de 1997, definiu uma era no mundo do hip-hop, moldando o estilo e a cultura do gênero nos anos 90.
A prisão de Duane “Keffe D” Davis reacende as esperanças de finalmente resolver o mistério que envolve a morte prematura de Tupac Shakur, um dos momentos mais marcantes da história da música e da cultura hip-hop. O mundo aguarda ansiosamente os desdobramentos deste caso que intrigou gerações.