Três homens foram presos pela morte de Moïse Kabagambe no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, no dia 24 de janeiro.
A polícia afirma que Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; Brendon Alexander Luz da Silva, o Totta; e Fábio Pirineus da Silva, o Belo, são os assassinos de Moïse. Todos trabalham na praia, mas nenhum é funcionário do quiosque Tropicália
Depoimentos do dono e funcionário do Tropicália
Ao g1, uma das pessoas que aparecem na filmagem disse que Totta, Bello e Dezenove trabalhavam como “comissionados” na praia.
Eles ofereciam drinques e petiscos na areia e ganhavam um percentual por aquilo que conseguiam vender. De acordo com o relato, essa também era a atividade de Moïse no quiosque Tropicália.
As outras pessoas que aparecem nas imagens do crime, segundo a Delegacia de Homicídios da Capital, não se envolveram diretamente no homicídio. Elas podem, no entanto, responder por omissão.
Um dos ouvidos foi Jaílton Pereira Campos, que aparece nas imagens de camisa listrada discutindo com Moïse. Conhecido como Baixinho, ele é funcionário do Tropicália.
Disse à polícia que discutiu com Moïse porque ele tentou pegar bebidas no freezer. O congolês teria respondido então que já tinha matado quatro e que ele seria mais um.
Jaílton disse ainda que se sentiu ameaçado e pegou um pedaço de madeira. Foi quando Moïse pegou uma cadeira em sua defesa.
O funcionário disse que não concordou com as agressões e que o dono do quiosque não devia nenhum valor a Moïse.
Já o dono do quiosque, Carlos Fábio da Silva, disse que Moïse aparecia para trabalhar na praia durante a alta temporada, como freelancer.
Falou que dispensou Moïse no dia 19 de janeiro porque ele apareceu para trabalhar embriagado, mas que pagou sua comissão. E que o congolês foi então trabalhar no quiosque ao lado, o Biruta.
Contou que, no dia do crime, recebeu uma ligação por volta das 23h de um colega dizendo que bateram no Angolano, como Moïse era conhecido, e que ele estava morto.
Disse ainda que logo depois recebeu uma mensagem de áudio de Belo, um dos agressores, comentando o ocorrido e perguntando se as câmeras do quiosque estavam gravando. Carlos afirma que desconfiou e disse que não e que Belo, um dos assassinos, demonstrou alívio com sua resposta.
Carlos negou tivesse qualquer dívida com Moïse.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.