RINGTUNI REAL TRAP, SL MC, DVD, REALQUES7, LÉONH juntos na faixa “Quer Drill”

RINGTUNI REAL TRAP, SL MC, DVD, REALQUES7, LÉONH juntos na faixa “Quer Drill”
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A cena rap brasileiro tá longe de estar saturada — na real, ela tá fervendo. E quando cinco nomes de responsa se juntam pra lançar uma faixa como “QUER DRILL?”, não tem como ignorar. O som é explosão, cada um com sua identidade e vivência, rimando sobre a realidade crua da favela, a tensão constante e a fé que mantém os crias de pé.

Com produção afiada assinada por HG (@prod_hg) e KRIST (@youngkrist13) — responsáveis pelo beat, mix e master — a track é um verdadeiro ataque coordenado de flows agressivos, ambientação sombria e lirismo direto da trincheira. A estética do drill aqui não é estética por estética: é linguagem de resistência, é denúncia, é posicionamento. A batida bate como sirene, enquanto os versos costuram o cotidiano de quem já viu o caos de perto e ainda sonha com dias melhores.

Eu sou mais o menor iluminado / Eu tô cheio de ódio do Estado”, dispara um dos versos mais fortes da faixa, refletindo a frustração com o sistema e o orgulho de quem segue na luta mesmo sendo invisível pro Estado.

O refrão “Quer drill? Quer drill? Os menor maquinado, geral de fuzil” ressoa como mantra de quem cansou de ser subestimado. E não é sobre glamourizar a violência — é sobre mostrar que por trás do estigma tem história, tem contexto, tem revolta legítima. A música também reserva espaço pra fé e sensibilidade: “Eu peço a proteção do meu Senhor / As crianças ainda guardo na lembrança”, mostra o contraste constante entre o peso da rua e a esperança que ainda resiste.

“QUER DRILL?” é mais que um som: é a confirmação de que a nova cena da Nova Holanda (NH) tá viva, criativa, e com muito mais a dizer.