Rodrigo Ogi e niLL lançam “Manual para não desaparecer”

Rodrigo Ogi e niLL lançam “Manual para não desaparecer”

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Rodrigo Ogi e niLL lançaram o álbum Manual para não desaparecer, disponível em todas as plataformas. O projeto mistura rap, samba, k-pop, lo-fi e outros gêneros, refletindo sobre saúde mental, tempo e as formas de resistir ao caos do presente.


🎧 Um guia sonoro para tempos difíceis

O disco se apresenta como um “manual” para enfrentar o peso da existência em meio às crises contemporâneas. As letras trazem mantras e lembretes de que, apesar das dificuldades, é possível encontrar caminhos de equilíbrio.

Diferente do rap motivacional, as faixas funcionam como reflexões poéticas, abordando desde frustrações amorosas até momentos de liberdade em rolês de sábado à noite. O objetivo é traduzir em música um pouco da luta cotidiana para não desaparecer em meio às pressões.

O álbum também provoca uma crítica à indústria musical, dominada por números manipulados e algoritmos, refletindo sobre como se manter relevante sem perder autenticidade.


✍️ Narrativas e estilos complementares

Ogi contribui com suas narrativas minuciosas, explorando a língua portuguesa em versos que misturam cotidiano e filosofia. Já niLL imprime seu flow autêntico, inspirado por animes, games e referências da cultura pop japonesa.

Essa combinação cria um contraste rico: de um lado, o lirismo urbano de Ogi; do outro, a inventividade melódica e rítmica de niLL. O resultado é uma obra que transita entre introspecção e celebração, melancolia e resistência.

As letras constroem um mosaico do espírito do tempo, mostrando que, em meio à aceleração digital e às relações superficiais, ainda há espaço para profundidade e conexão real.


🎹 Produção e colaborações

A produção do álbum foi assinada pela dupla, que construiu beats a partir de referências diversas, do rap underground dos anos 90 ao k-pop, do samba ao lo-fi. A maior parte das bases é de niLL e Ogi, mas há contribuições de Cravinhos, DJ Miya B, Munhoz, DJ Noveset, Ryan Beats, Sono TWS e Tiago Ticana.

A diversidade de estilos garante frescor à obra, permitindo que cada faixa se conecte a diferentes públicos sem perder identidade. O álbum é uma colagem de influências que reflete a pluralidade cultural da música brasileira atual.

Além disso, participações de Jamés Ventura, Matéria Prima e Roberta Estrela D’Alva ampliam ainda mais o alcance estético do projeto, reforçado pela mixagem e masterização de CESRV.


🎨 Visual e conceito

A parte visual também é central. A capa foi clicada por Mouco Fya, com design de Sosek One e lettering de Marcos Müller. A mesma equipe cuidou dos visualizers disponíveis no YouTube, conectando o som a uma estética coerente.

O resultado é uma obra multimídia que não se limita ao áudio, mas busca expandir a experiência sensorial. Cada detalhe visual reforça o discurso sonoro, tornando o álbum um manifesto artístico sobre o presente.

Assim, Manual para não desaparecer se apresenta como mais que um disco: é um documento cultural que registra angústias e possibilidades do tempo em que vivemos.


❓ FAQ

Quem lançou o álbum?
Rodrigo Ogi e niLL.

Qual o nome do projeto?
Manual para não desaparecer.

Quais gêneros estão presentes?
Rap, samba, k-pop, lo-fi, house e influências de animes.

Quem produziu o disco?
A dupla, com contribuições de Cravinhos, DJ Miya B, Munhoz, DJ Noveset, Ryan Beats, Sono TWS e Tiago Ticana.

Onde ouvir?
Em todas as plataformas digitais, com visualizers disponíveis no YouTube.


💡 Por que isso importa?

Manual para não desaparecer reflete a ansiedade de uma geração que vive sob aceleração digital, relações frágeis e pressões constantes. Ao invés de respostas fáceis, o disco oferece trilhas sonoras para atravessar o caos com lucidez e sensibilidade.

A união de Ogi e niLL também reafirma a força do rap como linguagem crítica e criativa, capaz de dialogar com outros gêneros e ampliar seu alcance. É arte que traduz o espírito de um tempo fragmentado e contraditório.

Mais do que um álbum, a obra mostra que a música pode ser ferramenta de sobrevivência: não um manual definitivo, mas um convite a não sumir diante do mundo.