Romário e Edmundo: a história não contada sobre o “Hino dos Bad Boys”

No final dos anos 1990, Romário e Edmundo, duas estrelas do futebol brasileiro, embarcaram em uma aventura musical inusitada. A dupla, conhecida pela rivalidade nos gramados e pela personalidade marcante, uniu forças para lançar o “Hino dos Bad Boys”, uma música que representava a essência do funk carioca da época.

A Origem do Hino dos Bad Boys

A ideia do projeto partiu de Selassie Campos, mais conhecido como Raposão. Ele era amigo próximo de Edmundo desde os tempos de futebol amador em Jacarepaguá. Raposão, que conciliava sua carreira de policial com a de artista, tinha conexões importantes no mundo musical. Sua amizade com Romário começou anos antes, na faculdade de Educação Física, quando ambos estudavam juntos.

Foi Raposão quem viu o potencial de transformar Romário e Edmundo em uma dupla de rap, aproveitando o sucesso que os dois já tinham no futebol. A letra da música foi criada com base nas vivências e amizades da dupla, incluindo referências a personagens como Robertinho, goleiro da seleção de futebol de areia, e frequentadores do famoso quiosque da Praia da Barra.

O Processo de Gravação

Com a aprovação de Romário e Edmundo, o grupo seguiu para o estúdio sob a orientação de DJ Marlboro, um dos maiores nomes do funk carioca. A música foi gravada com a intenção de não apenas lançar um hit, mas também iniciar uma série de projetos musicais. Entre eles, estava um disco completo e até um futuro “Rap do Mengão”.

O Desfecho do Projeto

Apesar do entusiasmo inicial, a parceria não foi adiante. Problemas de agenda e desentendimentos entre os envolvidos acabaram interrompendo o projeto antes de seu lançamento oficial. DJ Marlboro confirmou que a produção parou devido a divergências internas.

Embora o “Hino dos Bad Boys” nunca tenha alcançado as paradas musicais, ele se tornou uma curiosidade cultural e uma lembrança dos tempos em que duas lendas do futebol quase dominaram o cenário musical.

Via. Por onde Andrey em O ANO DOS BAD BOYS: Romário, Edmundo e as CONFUSÕES do Flamengo de 1995