Em Junho os fãs do START RAP voltaram a sorrir após o lançamento do EP ‘Não Tem Mais Volta’. O projeto chegou com sete faixas e produções de Nave, JP Diazz, Rob e FelipePlay. Acompanhado do EP, o grupo e a Medellin Records prepararam um trabalho audiovisual diferenciado, dando aos sons sete videoclipes correspondentes.
Trabalhando em silêncio por quase um ano, montaram estratégias e seguem movimentando a cena. uma WEBSÉRIE no canal oficial do grupo, foi lançada e é sobre todos estes assuntos que conversamos com o rapper Sain que nos atendeu em nome do grupo.
Em uma entrevista super descontraída, Sain falou sobre os momentos que antecederam a produção do EP, falou sobre bastidores das gravações, influências, maturidade nas letras e muito mais.
RAPGOL MAGAZINE – Muitos fãs ficaram surpresos quando o grupo resolveu fazer uma pausa no auge da carreira. Vocês ficaram sem ter contato um com o outro?
START RAP – A gente nunca parou de ter contato, nem de fazer música. A gente continuou fazendo som e se falando, foi mais um tempo pra gente se entender e se encontrar como artistas, entender o que cada um queria e evoluir. Nunca teve uma briga ou algo do tipo.
RAPGOL MAGAZINE – Quando vocês resolveram voltar a ativa?
START RAP – A gente recebeu um convite da rapaziada da Medellin pra fazer uma faixa da Marginal, só que cada um por si como artista mesmo, não como grupo START. Então a gente sentou com o Generoso, que participou muito tempo da banda também e começamos a trocar várias ideias e voltou a vontade, a sementinha veio ali.
RAPGOL MAGAZINE – Quanto tempo demorou o processo de criação musical do EP “Não tem mais volta”?
START RAP – Quanto tempo exatamente eu não vou lembrar, mas foi bem rápido! A gente começou pegando um dia no estúdio e começamos a trabalhar muito com o JP e com o Play, pegamos beats de uma rapaziada que já trabalhou com a gente em outras paradas e começamos a canetar a beça. Foi tudo fluindo muito rápido.
RAPGOL MAGAZINE – Acompanhado das músicas, tivemos um projeto audiovisual enorme com todas as faixas recebendo videoclipes. Qual foi a maior dificuldade em tempos de pandemia?
START RAP – Essa parte de audiovisual realmente foi mais complicada porque tinha muita cena externa e na pandemia é complicado fazer essas paradas, mas a equipe tirou muita onda e fluiu muito bem!
RAPGOL MAGAZINE – O grupo se manteve fiel à sonoridade que o consagrou, foi difícil a escolha de não embarcar no TRAP, DRILL, gêneros que estão recebendo destaque na cena atualmente?
START RAP – Na verdade não, a gente nem teve muito isso lá de “vamos fazer isso” “vamos fazer aquilo”, a gente foi botando as músicas que a gente estava ouvindo na hora! Eu na época estava ouvindo muito afrobeat, mas também tem bastante elemento de trap, bastante elemento de drill, uns R&B que a gente gosta de fazer… foi tudo bem livre, fomos achando os beats e as melodias e foi fluindo.
RAPGOL MAGAZINE – “Não tem mais volta” é bem musical e com letras atuais, quais foram as influências para este projeto?
START RAP – As influências pra mim são sempre meus amigos. Acho que a gente se inspira muito ali, um leva muito o outro e estar em grupo ajuda muito na parte criativa. Mas falando de outros artistas, eu pelo menos estava escutando bastante coisa europeia, afrobeat, drill etc e as mesmas referências que a gente sempre teve, sabe? De R&B, samba, pagode, raps antigos e os novos que vão surgindo… a gente gosta de escutar música! Tudo que a gente acha que vai agregar, a gente vai trazendo!
RAPGOL MAGAZINE – O álbum chegou sem nenhuma participação. Esta escolha foi para dar ao público o mais puro START RAP?
START RAP – Foi um pouco disso e um pouco pelo fato da gente estar fazendo no sapatinho, pra ninguém descobrir, só mais os beatmakers e produtores que a gente contratou. Mas agora que a gente já falou que voltou mesmo, acho que vale sim! Acho que flui uns feats com uma rapaziada nova, temos vários caminhos novos para seguir.
RAPGOL MAGAZINE – O amor é cantado de diversas formas neste disco, podemos associar à toda vivência que os integrantes tiveram ao longo destes últimos anos?
START RAP – Caramba, verdade! Se naquela época a gente já ficava falando disso, imagina agora que a gente já viveu tanta coisa. Mas é isso mesmo, o amor a gente aprende com os outros, a gente vive, vê, escuta e é muita história mesmo. Falar de amor é bem maneiro, eu me amarro e acho que os moleques têm uma facilidade também! Cada um tem um ponto de vista que no final tudo conversa entre si, eu me amarro!
RAPGOL MAGAZINE – O START RAP ficou conhecido como um grupo de jovens, rimando sobre jovens. Hoje temos chefes de família fazendo rimas.
START RAP – Acho que é aquela ideia de conversa mesmo! Se a gente evoluiu, o público também evoluiu, sabe? E é isso, temos que continuar conversando com essa rapaziada, botando as ideias na mesa, as opiniões e trocando essa ideia da melhor forma.
RAPGOL MAGAZINE – Qual a música preferida deste EP para você?
START RAP – A minha é Sex Tape, me amarro naquele beat.
RAPGOL MAGAZINE -Recentemente vocês lançaram uma Websérie e o primeiro episódio já está no ar, podemos saber algum spoiler dos novos episódios ?
START RAP – (silêncio) .. (risos)
RAPGOL MAGAZINE – Quais as expectativas de vocês em relação aos shows quando estiverem permitidos?
START RAP – É uma ansiedade danada né? A gente tá com um projeto na mão que a gente não consegue ir pra pista mostrar efetivamente assim né, pra rapaziada do jeito que a gente queria… Queria muito fazer show, mas quando abrir a porteira, a gente vai descer igual trem louco, naquele pique!
RAPGOL MAGAZINE – Pensam em sair em tour como antigamente?
START RAP – Com certeza! Fazendo essas músicas no estúdio, em vários momentos a gente se olhava e falava “imagina isso no palco” “temos que cantar isso ao vivo, essa fase ruim tem que acabar logo”.
RAPGOL MAGAZINE – Para finalizar, podemos afirmar, o START RAP voltou mesmo?
START RAP – Voltou mesmo, pô! START RAP tá aí de novo, pode avisar!
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.