Esta semana o futebol se viu em meio a uma guerra que envolveu clubes, federações, FIFA, torcidas e até presidentes de alguns países.
Tudo começou quando o New York Times confirmou na noite de domingo (18) a criação da Superliga europeia de clubes. O comunicado oficializando os detalhes da união dos 12 clubes fundadores causou grande impacto na Europa.
Liderada por Florentino Pérez (Real Madrid) e tendo Andrea Agnelli (Juventus) e Joel Glazer (Manchester United) como vices, o comunicado dizia ainda que as últimas discussões sobre as competições europeias “não resolvem problemas fundamentais, como a necessidade de jogos de maior qualidade e recursos financeiros adicionais para a pirâmide do futebol”.
12 Clubes se associaram: Arsenal, Atlético Madrid, Barcelona, Chelsea, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Milan, Real Madrid e Tottenham.
AMEAÇAS E BANIMENTO DE CLUBES/ JOGADORES.
Gianni Infantino que nesta semana teve a oportunidade de falar sobre a nova liga, o mandatário disse: “Reprovamos fortemente a criação de uma Superliga fechada, que está fora do sistema e que é uma ruptura em relação às federações, à FIFA, à UEFA e demais instituições. Esses doze clubes são responsáveis pelas suas decisões e terão que lidar com as consequências. Não podem ficar a meio caminho. Ou estão dentro ou estão fora. Não pode haver meio termo – disse Infantino, reiterando que clubes e jogadores que participarem da Superliga poderão sofrer punições esportivas e econômicas.
Outra entidade que falou fortemente sobre a liga foi a FIFPro, sindicato mundial de jogadores de futebol profissionais, divulgou uma nota oficial com duras críticas à criação da nova competição, manifestando preocupação com o impacto em toda a estrutura do esporte, incluindo a carreira dos jogadores. No comunicado, a entidade fala em “danos irreparáveis” caso não haja uma cooperação entre torneios nacionais e internacionais.
CRÍTICAS, PROTESTOS DE TORCEDORES E DESISTÊNCIAS DE CLUBES RACHARAM A SUPERLIGA.
Menos de 48 horas após o anúncio, torcedores foram para as ruas protestar e clubes desistiram do projeto. A debandada começou com os ingleses e o bloco anunciou a desistência do projeto de organização de um torneio para concorrer a Liga dos Campeões da Europa, mas como se diz o ditado: “se é para cair, vamos cair trocando” e a Superliga Europeia está convencida que o atual status quo do futebol europeu precisa mudar.
Em um comunicado oficial eles disseram:
“Nós estamos propondo uma nova competição europeia porque o sistema atual não funciona. Nossa proposta visa premitir evolução ao esporte enquanto gera recursos e estabilidade para toda a pirâmide do futebol, incluindo ajuda para superar as dificuldades financeiras vividas por toda a comunidade do futebol como resultado da pandemia.
Também poderia prover materialmente fortalecimento pagamentos de solidariedade a todos os stakeholders do futebol.
Apesar da anunciada saída dos clubes ingleses, forçados a tomar essas decisões devido às pressões neles, nós estamos convencidos que nossa proposta está completamente alinhada com a legislação europeia e regulamentos, como demonstrado hoje pela decisão judicial para proteger a Superliga de ações de terceiros.
Devido às atuais circunstâncias, nós vamos reconsiderar os passos mais apropriados para reformular o projeto, tendo sempre em mente nossos objetivos de oferecer aos fãs a melhor experiência possível, enquanto fortalecer os pagamentos de solidariedade para toda comunidade do futebol.“
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.