Tedax Max é rapper, produtor e cria da cidade de Lyon, França. Recentemente esteve no Collors apresentando seu novo single ‘J’te Jure’. O artista francês em ascensão conta com alguns singles de destaque na cena francesa, as músicas “Drillotiere”, ‘Maxaveli’, ‘Taga’, ‘Sous Stéroïdes’ e ‘Double Binks’ o colocaram no nosso radar.
Em 2021 Tedax Max continuou sua seqüência com o lançamento de ‘Forme Olympique’, um projeto de oito faixas que mostra ainda mais sua versatilidade excepcional como rapper e compositor em faixas de destaque como ‘J’ai pa rappelé’, ‘Combine’ e ‘ Nashav ‘.
Agora no meio do ano Tedax Max está de volta com a lançamento do seu álbum “Forme Olympique : Middle Season” a segunda parte do que tudo indica ser uma trilogia e que apresenta 11 novas faixas.
Conversamos com o francês sobre a sua carreira, música durante a pandemia, referências dentro do Rap Francês e claro sobre o seu mais recente álbum “Forme Olympique : Middle Season”.
RAPGOL MAGAZINE – Primeiramente gostaríamos de saber, quem é TEDAX MAX, onde você vive e qual foi o seu primeiro contato com o rap?
TEDAX MAX – Olá, eu sou o rapper francês, de Lyon, do bairro Place du Pont / Place Voltaire, mais precisamente. Escuto música desde muito jovem e sempre me interessei por isso e pelo rap desde muito cedo. Mas foi aos 18 anos que comecei a escrever meus primeiros versos.
RAPGOL MAGAZINE – Aqui no Brasil meu primeiro contato com o Rap Francês, veio através dos grupos Assassin, SUPREME NTM, Booba, MC Solaar, IAM e outros. Quais são as suas referências dentro do RAP?
TEDAX MAX – Minhas influências são muito vastas, principalmente em termos de rap e até música. Falando de referência no rap francês, escuto uma infinidade de artistas, alguns estão até naqueles que você mencionou como Booba, MC Solaar, IAM mas também a Máfia K1 Fry, Le Guetto Fabulous Gang , Mac Tyer , Tandem, Red Square, Arsenik lino, Salif, The Luciano Rat, uma boa parte da equipe do Neochrome e assim por diante e eu esqueço que fui realmente embalado pelo rap. Tenho muitas referências nesse nível.
RAPGOL MAGAZINE –Em 2020 você lançou bastante músicas, “Drillotiere”, ‘Maxaveli’, ‘Taga’, ‘Sous Stéroïdes’ “GOODFELLAS” e ‘Double Binks’ são algumas de destaque, como foi passar pela pandemia do covid-19 sem poder apresentar suas músicas em shows?
TEDAX MAX – Sim, foi muito produtivo em 2020, ano em que decidi realmente entrar na música a sério. O show ou o fato de não fazer não me incomodava. Sou um pequeno artesão, mas um artista em desenvolvimento, carece de experiência em vários níveis, especialmente no palco. Mas durante a pandemia nós tivemos a oportunidade de ensaiar, a pandemia nos deu tempo para nos conhecermos um pouco mais através de nossos projetos e nossos sons. Ensaiando e trabalhando para mostrar o que temos proposto musicalmente. Ficamos nos mantendo seguros.
RAPGOL MAGAZINE – Este ano tem sido bem produtivo. No início do ano você lançou “Forme Olimpique”, com 8 faixas. Na música “J’ai pas rappelé” você rima sobre seus desejos e ambições. Ela recebeu um grande destaque. Como você vê esta aceitação dos fãs e quem foi o responsável pela produção?
TEDAX MAX – Sim, é uma música que funcionou bem. Em tudo isso foi muito streamer. A produção foi executada pelo beatmaker senegalês Nikel Kami. Fiz um intercâmbio via whatssap. Ele me enviou um monte de beats de DRILL que evitei, não queria ter uma imagem anexada somente ao DRILL. Mas essa produção me atingiu de maneira particular. Acho que demorou, mas não soa como um som banal.
RAPGOL MAGAZINE – Agora no meio do ano você esteve no Collors, sem dúvida é uma grande vitrine. Como foi participar do programa?
TEDAX MAX – Participar do Collors foi uma loucura. Eu ainda me pergunto. No momento que eles se aproximam de mim. Foi uma agradável surpresa e algo sensacional. A equipe me recebeu muito bem e respeitou muito meu trabalho. Agradeço novamente. Eles me contataram, selecionaram o som que queriam e fizemos duas tomadas,foi dobrado.
RAPGOL MAGAZINE – Chegamos no “Forme Olympique : Middle Season” , vamos falar de início sobre a capa do álbum. Master P está na música “J’ai pas rappelé”, a NO LIMIT RECORDS foi referência para a capa deste álbum? Quem foi o responsável pela criação?
TEDAX MAX – Sim Master P é uma das muitas influências que tive, mas não essa. Foi toda uma onda do sul que me influenciou para a capa. Foi inspirado na maneira deles fazerem nas capas com o “Pen & pixel” todos aqueles discos da Cashmoney, Juvenil, Big tymers, B.G, DJ Screw, todos esses associados às minhas cores musicais do projeto se encaixam perfeitamente. E o melhor para fazer esse tipo de capas aqui é com o belga Dan Shizen.
RAPGOL MAGAZINE – Além de rapper, você é produtor, certo? Alguma das faixas contou com a sua produção e quais os produtores que estão neste disco?
TEDAX MAX – Não, eu não sou um produtor no vídeo da Collors, é mencionado que eu sou, mas não sou. Eu tenho meu próprio beatmaker com quem trabalho em sua maior parte, como KDND, também conhecido como jovem Tutslard ou Ben Shoot, que são membros de minha equipe e parceiros como Kon Qeso, que também estava no primeiro projeto, e Nars, que produziu “J’te Jure”, o som que canto na Collors
RAPGOL MAGAZINE – Qual foi a dificuldade de gravar este disco em meio a pandemia do Covid-19?
TEDAX MAX – Na verdade não teve nenhuma. Às vezes era complicado sair à noite em Lyon ou Paris, mas principalmente em Paris, porque gravamos muito lá. E era muito mais rigoroso do que em Lyon, de qualquer maneira, foi como me senti. Mas no geral foi tranquilo.
RAPGOL MAGAZINE – Quais são as suas expectativas após o lançamento?
TEDAX MAX – Não tenho expectativas reais. Nunca tive, o meu objetivo de continuar fazendo e confirmando que há pessoas que levam a sério. O resto virá sozinho como antes. Estou contente em trabalhar minha música enquanto desfruto dela, o resto só será benéfico
RAPGOL MAGAZINE – Pelo que entendemos Forme Olimpique será uma trilogia, estamos certo? Podemos esteperar a terceira parte no final do ano?
TEDAX MAX – Sim, esse é deve chegar no final do ano, pelo menos antes de 2022 uma terceira e última parte da “Forme Olympique ” com uma direção mais fria em termos de som como o clima de inverno.
RAPGOL MAGAZINE – Aqui no RAPGOL falamos sobre rap e também futebol. Lyon é uma cidade conhecida dos brasileiro. Você curte futebol? O que vêm a sua memória quando surgem a palavra “Olympique Lyonnais”?
TEDAX MAX – Sim, grandes brasileiros foram para o Lyon! Jogadores que marcaram o clube como Juninho, Caçapa, Fred, Sony Anderson! Os brasileiros sempre fizeram bem à OL. Mas quando penso no L’OL, penso no maior clube francês! Nós somos a capital, Foda-se PSG!
RAPGOL MAGAZINE – Obrigado por conversar com a RAPGOL MAGAZINE, deixe uma mensagem para os Brasileiros que estão conhecendo a sua música.
TEDAX MAX – Obrigado RAPGOL MAGAZINE por se interessar por um cara que ainda está crescendo, fico feliz que uma revista brasileira se interesse pela minha música. Mesmo com a barreira do idioma, espero que essa entrevista faça com que os brasileiros tenham vontade de ouvir a minha música e assistir aos meus videoclipes. Boa música é como o dinheiro fala com todos haha aquele salve diretamente de Lyon.
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Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
