Thiago Malakai: música como travessia, não como destino; entrevista completa

Tem artista que caminha por dentro do próprio tempo, como quem lê o mundo com os ouvidos atentos e o coração aberto. Thiago Malakai é desses. Um nome que não precisa de moldura: basta escutar. Sua trajetória é feita de escutas profundas, de silêncios carregados de intenção e de músicas que parecem traduzir aquilo que às vezes nem conseguimos nomear.

Nesta entrevista, a RapGol senta à mesa com um artista em movimento. Malakai não fala de carreira como um destino, mas como uma travessia. Entre o caos das urgências cotidianas e a calma que se busca ao criar, ele constrói pontes entre ritmos, memórias, espiritualidade e o agora. O disco “Equilíbrio” é só o ponto visível de uma jornada que passa pela ancestralidade, pelo corpo, pela rua e pelo estúdio.

A conversa não gira em torno de fórmulas ou sucessos. O que se revela aqui é um processo: o gesto de fazer música como forma de cuidado, denúncia e reconstrução. Malakai compartilha ideias que não nasceram de ontem. Fala do coletivo O Circo Fantástico como território de criação e de luta. Toca em temas que atravessam quem cria a partir da margem. Fala da imagem como extensão do som. E também ri. Lembra. Olha pra frente.

É uma troca que pulsa. Porque cada resposta parece nascer de um lugar que não se limita ao racional — tem instinto, tem afeto, tem vivência. E, entre uma referência e outra, ele abre espaço para o improviso, para os encontros possíveis, para a dúvida como motor da arte.

Se você chegou até aqui esperando só uma entrevista, talvez encontre algo a mais. Uma escuta sensível sobre o tempo que vivemos. Um retrato falado de quem canta porque precisa se manter em pé. E de quem entende a música não como um fim, mas como caminho.

Logo abaixo, está o papo completo com Thiago Malakai. Leia com tempo. Com atenção. Com o mesmo cuidado de quem escuta um disco novo pela primeira vez

CRIAA

Sou Bruno “CRIAA” Inácio, desde 2002 falando sobre Rap na Internet,  editor-chefe da Rapgol Magazine, onde conecto os universos do rap e do futebol com conteúdo autêntico e relevante. Com foco na curadoria de histórias que refletem a essência da cultura urbana, também assino artigos e entrevistas que destacam a voz dos artistas e a vivência das ruas.