UEFA avalia jogos de ligas nacionais fora da Europa e reacende debate sobre tradição e mercado

⚖️ Impasse jurídico e limitações da UEFA

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, admitiu que a entidade tem pouca margem para intervir, já que a FIFA alterou suas próprias regras após acordo judicial com a Relevent Sports, gigante dos direitos de transmissão.

“Não estamos satisfeitos, mas temos pouca flexibilidade do ponto de vista legal se ambas as federações concordarem”, afirmou Ceferin.

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🎙️ Voz das arquibancadas

A Football Supporters Europe (FSE), que representa torcedores de 25 países, divulgou manifesto com mais de 430 grupos contrários à proposta. A associação defende que campeonatos nacionais devem permanecer vinculados a suas cidades e comunidades locais. O posicionamento recebeu apoio do Comissário Europeu do Esporte, Glenn Micallef.

Entre as críticas, estão os impactos ambientais das longas viagens e a quebra do princípio esportivo de mando de campo.

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🇮🇹 O caso Milan e a justificativa

O Milan argumenta que o jogo em Perth seria uma oportunidade de expansão de mercado, já que o San Siro estará fechado para reformas visando os Jogos Olímpicos de Inverno. Ainda assim, torcedores questionam se o objetivo financeiro justifica o afastamento de seus estádios históricos.

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💰 O precedente espanhol

Um modelo semelhante já acontece na Espanha, onde a Supercopa é disputada na Arábia Saudita até 2029, rendendo € 40 milhões por ano à federação local.

Em 2025, o torneio contou com Barcelona, Real Madrid, Athletic Bilbao e Mallorca, e terminou com título do Barça, Raphinha como MVP e € 8 milhões extras nos cofres catalães.

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📌 Por que isso interessa?

A discussão sobre jogos oficiais fora da Europa revela o choque entre tradição e mercado. Para clubes, é chance de expansão global. Para torcedores, é a perda de vínculo cultural com estádios e cidades. O desfecho pode redefinir o modelo de competições nacionais no continente.