Em uma decisão surpreendente, o Palmeiras anunciou neste domingo, por meio de nota oficial, que não realizará mais jogos no Allianz Parque até que o gramado sintético do estádio passe por uma adequada manutenção. A decisão vem após críticas recorrentes às condições do campo, especialmente após o clássico contra o Santos, no qual o Palmeiras saiu vitorioso.
O técnico Abel Braga, em mais uma manifestação sobre o estado do gramado, solicitou novamente a troca da superfície. Em sua nota oficial, o clube cobra a Real Arenas, empresa encarregada pela construtora WTorre para a gestão do estádio, a cumprir sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo.
O Palmeiras não apenas expressa sua insatisfação com o estado atual do gramado, mas também ameaça acionar os “órgãos competentes” para exigir a interdição da arena, caso a manutenção não seja realizada. O clube destaca que a preocupação não reside no tipo de gramado sintético, implementado para proporcionar condições ideais aos atletas, mas sim no descaso da Real Arenas com a qualidade do campo, exigindo melhorias imediatas.
Na última semana, o atacante Bruno Rodrigues sofreu uma lesão no joelho durante um jogo contra a Inter de Limeira, levantando suspeitas de que a falta de manutenção do gramado poderia ter contribuído para o incidente. O Palmeiras, que já está em litígio com a WTorre sobre a divisão de receitas do Allianz Parque, cobra cerca de R$ 127 milhões que alega não terem sido pagos.
Segundo apuração do ge, alguns jogadores relataram que o gramado sintético estava em condições piores após o jogo contra a Inter de Limeira, em comparação ao final do ano anterior. Eventos, como shows, foram realizados no estádio nos últimos meses, o que, segundo o clube, dificultou a manutenção adequada do gramado.
O imbróglio entre Palmeiras e WTorre, a construtora responsável, intensificou-se nos últimos meses, e a falta de manutenção do gramado agora se torna uma questão crítica. A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, já havia expressado insatisfação anteriormente, acusando a construtora de descaso com a manutenção do Allianz Parque.
Diante dessa situação, a decisão de não jogar no estádio até a resolução do problema do gramado destaca a preocupação do Palmeiras não apenas com o desempenho esportivo, mas também com a integridade física dos profissionais envolvidos, tanto do Palmeiras quanto das equipes adversárias. O impasse revela uma complexa teia de questões entre o clube, a construtora e a empresa gestora, que, caso não seja resolvida, pode resultar na interdição do Allianz Parque.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.