A Vivo, patrocinadora oficial da seleção brasileira, convocou seu embaixador Vinicius Júnior para uma ação especial que busca formar técnicos negros para os principais clubes do Brasil. A iniciativa conta com a parceria da CBF e teve consultoria do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
A ideia partiu de uma observação de que as principais seleções que irão disputar a Copa do Mundo do Catar 2022 contam quase sempre com muitos jogadores negros. No entanto, ao focar na comissão técnica, há poucos profissionais pretos comandando as equipes.
“Se o talento negro brilha tanto em campo com seu futebol arte, por que em espaços de liderança e poder há escassez de profissionais negros?”, questiona a operadora.
A Vivo anunciou o projeto Professores Pretos, uma iniciativa para incentivar a equidade racial no país. A ação irá convocar seis técnicos de diferentes regiões do país para obterem a preparação e as licenças da CBF Academy, pré-requisitos para ascender na carreira e concorrerem a vagas de liderança dentro do esporte.
“A Vivo é patrocinadora da seleção brasileira desde 2005 e, com o programa Professores Pretos, reforça o seu compromisso com a construção de um futuro mais diverso, no futebol e fora dele”, disse Marina Daineze, diretora de imagem e comunicação da Vivo
“A campanha Professores Pretos tem todo o nosso apoio e aplauso. Iniciativas como essa, vinda de um parceiro como a Vivo, conjugam com o nosso compromisso de tornar o futebol um esporte cada vez mais inclusivo , sem discriminação de cor , raça, religião, posicionamento político ou gênero”, acrescentou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
A seleção dos participantes foi realizada a partir de uma consultoria do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que tem entre os seus objetivos promover ações afirmativas de inclusão social no esporte e combater o racismo.
“Ao diagnosticar a ausência de treinadores negros nos grandes clubes do Brasil, foi possível apontar que ela acontece por alguns motivos, entre eles a falta de confiança, o preconceito, a falta de oportunidade e a ausência de projetos de incentivo a diversidade e inclusão”, destacou Marcelo Carvalho, diretor executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
Seis nomes foram escolhidos pela entidade para participar do programa, que oferecerá as três licenças necessárias para que eles se tornem técnicos de futebol profissionais no país. Entre os critérios, quem ainda não atua em grandes clubes e necessita das licenças da CBF para crescer na carreira, além de representantes de várias regiões do Brasil e identificação com o propósito antirracista.