will.i.am denuncia as ações do ICE em novo single ‘East L.A.’

🎤 Rap como resistência: will.i.am se posiciona

O rapper e produtor will.i.am lançou sua nova faixa “East L.A.”, unindo arte e ativismo em uma crítica direta às batidas migratórias promovidas pelo ICE (agência de imigração dos EUA) na Califórnia. A música, lançada com participação de Taboo, seu parceiro de longa data no Black Eyed Peas, mistura celebração da cultura latina com denúncia política.

“I love Mexicanas from the Border / Make her my wife so ICE won’t deport her.” — rima direta na nova faixa

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🗣️ Solidariedade entre comunidades negras e latinas

No clipe da música, will.i.am vai além do verso e faz um apelo emocional:

“Pessoas negras, meus ancestrais, sabem exatamente o que vocês estão passando agora. Já passamos por isso. Por isso, me solidarizo com os latinos.”

A declaração ecoa a mensagem da faixa: o racismo e a repressão estatal cruzam fronteiras étnicas. E é nesse ponto de encontro que ele firma aliança — usando o hip hop como canal de empatia e mobilização.

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📜 Manifesto pela dignidade e contra o medo

No lançamento, o artista também divulgou um texto manifesto:

“Nós somos Los Angeles. Somos angelenos. Somos americanos. Alguns nascidos aqui, outros migraram para cá. Nosso país é grande e nossas fronteiras devem ser protegidas. Mas o que deveria trazer segurança, hoje infunde medo em nossas comunidades.”

Essa é a denúncia central: a ideia de segurança virou justificativa para perseguições violentas, afetando famílias, escolas, igrejas — lugares antes vistos como refúgio.

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❄️ Ice Cube e Doechii também se pronunciam

Ice Cube, lenda do rap e da militância negra, também criticou duramente as ações do ICE em entrevista à rádio 92.3 The Cruz Show:

“Ver o governo federal arrancando pessoas de igrejas, casamentos e escolas é inaceitável. Isso é desrespeito. Estão indo longe demais.”

Ele ainda criticou a incoerência das políticas migratórias dos EUA:

“Um dia é permitido, no outro não é. Como as pessoas podem viver assim? É triste. Não vejo a hora de essa fase acabar.”

Já a rapper Doechii, em seu discurso no BET Awards, afirmou:

“São ataques implacáveis que criam medo e caos nas nossas comunidades em nome da ordem.”

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✍️ Por que isso interessa?

Num momento em que a música urbana volta a se alinhar abertamente com causas sociais, “East L.A.” marca a retomada de uma tradição do hip hop: denunciar, acolher e reagir. Will.i.am, Taboo, Ice Cube e Doechii mostram que o rap ainda é arma contra a opressão, especialmente quando comunidades latinas e negras enfrentam juntas as políticas de medo.

A faixa é um lembrete sonoro de que resistência também se faz com beats e versos — e que a fronteira entre arte e política não deve ser vigiada.