Young Thug enfrenta acusações de venda ilegal de direitos autorais por US$ 16 milhões, em disputa com a AEG após sua libertação.
Young Thug, rapper norte-americano conhecido por sua influência no trap, enfrenta uma nova disputa judicial envolvendo a venda de direitos autorais de mais de 400 composições. Segundo a AEG, empresa que alega ser credora do artista, os direitos vendidos em 2021 por US$ 16 milhões deveriam ter servido como garantia de um empréstimo não quitado. A polêmica surge apenas duas semanas após sua libertação, trazendo à tona antigos contratos e novas complicações legais.
Entenda o caso de Young Thug e os direitos autorais
A AEG afirma ter emprestado a Young Thug um montante de US$ 5,25 milhões em 2017, com a expectativa de que o rapper quitasse a dívida com juros, além de compartilhar os lucros gerados por shows promovidos por terceiros. No entanto, a empresa alega que Thug não apenas descumpriu o contrato, mas também vendeu os direitos autorais que deveriam estar atrelados ao pagamento da dívida.
Os direitos autorais em questão envolvem composições que geraram milhões em receitas e estão no centro da disputa. AEG busca recuperar o valor original do empréstimo, os juros acumulados e qualquer lucro obtido com a venda dos direitos.
Young Thug e o impacto do caso YSL
Em 2022, Young Thug foi indiciado em um caso de RICO (Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Extorsão) junto com membros de sua gravadora, YSL. Após passar dois anos preso, o rapper aceitou um acordo judicial que resultou em sua liberdade sob condições rigorosas, incluindo 15 anos de liberdade condicional.
O caso YSL influenciou diretamente a vida e a carreira do artista, interrompendo sua capacidade de lidar com pendências financeiras e legais. Após sua libertação, Thug participou de conversas públicas, como uma aula virtual com estudantes de direito, onde compartilhou detalhes sobre o processo e destacou a importância de profissões como advocacia e medicina.
O que dizem os representantes de Young Thug
O advogado de Young Thug, Brian Steel, tem se posicionado firmemente em defesa do rapper, afirmando que ele não agiu de má-fé ao vender os direitos autorais. A defesa argumenta que a venda foi necessária para cobrir custos emergenciais enquanto o artista estava preso, sem possibilidade de gerenciar sua carreira e finanças.
Além disso, o advogado busca renegociar os termos com a AEG, alegando que a empresa não sofreu perdas significativas devido à venda, pois a maioria dos direitos vendidos está relacionada a músicas antigas e não aos trabalhos mais recentes de Thug.
Impacto na carreira de Young Thug
Embora a batalha judicial seja um obstáculo, Young Thug continua ativo na música. Após sua saída da prisão, ele retomou contatos na indústria, como encontros com T.I. e publicações enigmáticas sobre Gunna. No entanto, as pendências financeiras e legais podem atrasar lançamentos futuros e limitar sua liberdade criativa.
A questão dos direitos autorais também levanta debates sobre como artistas lidam com contratos e dívidas em uma indústria tão complexa quanto a musical. A situação de Young Thug é um exemplo de como problemas financeiros e legais podem impactar até os artistas mais bem-sucedidos.
Próximos passos no caso de Young Thug
A disputa entre Young Thug e a AEG ainda não tem data definida para ser resolvida, mas promete novos desdobramentos. O resultado poderá influenciar a maneira como contratos de direitos autorais e garantias financeiras são tratados na indústria musical.
Enquanto isso, fãs aguardam por mais informações sobre o caso e pelo próximo grande projeto do rapper, que tenta equilibrar sua trajetória artística com os desafios judiciais que enfrenta.