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Djonga indicado ao Grammy Latino 2025: a fome que virou força e consagração

por CRIAA · 12 de outubro de 2025

Djonga indicado ao Grammy Latino 2025: a fome que virou força e consagração

Djonga indicado ao Grammy Latino 2025 — o poder da fome transformada em arte

A “fome” que move Djonga acaba de ganhar um novo significado. O rapper mineiro, voz central do rap nacional, celebra duas indicações ao Grammy Latino 2025: Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa, com “Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto!”, e Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa, com a faixa “Demoro a Dormir”, parceria com Milton Nascimento. Lançado em março via ONErpm, o projeto já soma mais de 162 milhões de streams.

“Eu tô muito feliz com a indicação. Mas, para fazer o que a gente faz, é muita luta. O Grammy é uma coroação; só estar lá já mostra que essa luta vale a pena”, resume Djonga, em tom que mistura alegria e consciência do momento da arte no país.

Duas indicações, um marco para o rap brasileiro

As nomeações posicionam Djonga entre os protagonistas de uma cena que ultrapassa fronteiras. Mais do que números, elas traduzem a força de um repertório que provoca, emociona e amplia o alcance do rap brasileiro no circuito internacional.

Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa

Em “Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto!”, Djonga mergulha nas contradições humanas e sociais. São 12 faixas que reúnem peso, poesia e profundidade, com produção de Coyote Beatz e Rapaz do Dread, além da coprodução de Arthur Luna (engenheiro com três Grammys). O resultado é um som robusto, que trafega entre trap, soul e influências do rock alternativo.

Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa

“Demoro a Dormir” marca o encontro de duas gerações de Minas Gerais: a inquietação criativa de Djonga e a sensibilidade ímpar de Milton Nascimento. A canção costura sonhos, frustrações e expectativa por um futuro melhor, unindo o vigor do rap à tradição poética da MPB.

A voz e a luta: o papel social da arte

Djonga tem consciência do contexto que o cerca: fazer arte no Brasil exige resiliência. Sua obra não se distancia da realidade — ela a confronta. A “fome” do título funciona como metáfora do desejo por evolução, reconhecimento e, sobretudo, justiça.

Produção, letras e a arquitetura do disco

Camadas sonoras que sustentam a mensagem

A química entre os produtores cria texturas que valorizam a interpretação e a escrita do rapper. A paleta rítmica favorece viradas de clima e intensidades, sem perder a coerência conceitual do álbum.

Lírica afiada, crítica social evidente

As letras equilibram afetos e denúncias. O discurso sobre racismo, desigualdade e esperança aparece com maturidade, sem abrir mão da contundência que acompanha Djonga desde os primeiros trabalhos.

Djonga e Milton: símbolo de encontro entre gerações

A parceria com Milton Nascimento reforça Djonga como elo entre tradições: a força urbana do rap dialoga com a história da MPB, expandindo sons e públicos. É o tipo de encontro que projeta legado.

Reconhecimento, trajetória e legado

De Belo Horizonte para o mundo

Nascido e criado na periferia de BH, Gustavo Pereira Marques transformou vivências em poesia e protesto. De Heresia (2017) ao álbum atual, consolidou um repertório de impacto, mantendo a autenticidade enquanto expande os limites do gênero.

Prêmios e marcos

  • Lista Forbes Under 30;
  • Primeiro brasileiro indicado ao BET Awards;
  • Vencedor do Los Angeles International Music Video Festival (LAMV) com “Conversa com Uma Menina Branca” (2023);
  • Agora, duas indicações ao Grammy Latino 2025.

A fome que inspira

Para além do sucesso, Djonga se tornou referência de representatividade e transformação. Sua “fome” dialoga com uma geração que reconhece na arte um caminho de afirmação e mudança.

FAQ — Perguntas Frequentes

Quais indicações Djonga recebeu no Grammy Latino 2025?
Duas: Melhor Álbum de Rock/Alternativo em Língua Portuguesa e Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa.
Onde ouvir “Quanto Mais Eu Como, Mais Fome Eu Sinto!”?
Em todas as plataformas digitais, lançamento via ONErpm.
Quem produziu o álbum?
Coyote Beatz e Rapaz do Dread, com coprodução de Arthur Luna (engenheiro vencedor de três Grammys).
Qual a importância de “Demoro a Dormir” com Milton Nascimento?
É um elo simbólico entre gerações mineiras, conectando a tradição da MPB ao rap contemporâneo.
Qual a mensagem central do álbum?
Reflete contradições humanas e sociais, transformando inquietações e vitórias em narrativa poética.
Por que as indicações são relevantes para o rap nacional?
Porque ampliam a visibilidade internacional do rap brasileiro e reconhecem sua sofisticação artística.

Saiba mais sobre a premiação no site oficial: grammy.com/latin

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