FBC fala sobre o disco “Assaltos e Batidas” em entrevista exclusiva

FBC fala sobre o disco “Assaltos e Batidas” em entrevista exclusiva

Gostou? Compartilhe

Lançado no dia em que completou 36 anos, Assaltos e Batidas é um disco direto, cru e urgente. São 11 faixas em 27 minutos que ignoram o mercado e resgatam o rap como ferramenta de incômodo e resistência.

🌆 Qual a proposta estética do álbum?

O trabalho recorre a batidas secas, samplers distorcidos e uma lírica afiada. É a volta ao boombap com uma lente de 2025 — um disco feito no calor do corre, com a raiva e a memória de quem cresceu ouvindo rap de mensagem em fita cassete.

🎬 Existe um conteúdo visual complementar?

Sim. Um curta-metragem homônimo, dirigido pela Xeque Mate Estúdios, está disponível no YouTube. O filme amplia as ideias do disco com uma estética urbana, suja e crítica, alinhada ao incômodo que transborda nas faixas.

🧠 Quais temas o disco aborda?

  • Desigualdade crônica
  • Algoritmos e alienação
  • Consumo das relações
  • Estética periférica
  • Crítica à lógica corporativa
  • Identidade e território

📍 Qual o território narrativo do disco?

Tudo começa e termina no Cabana, bairro periférico de Belo Horizonte onde FBC cresceu. “Cabana Terminal” é marco zero: uma carta de amor amarga ao território que o moldou.

🔊 Quais faixas se destacam?

  • “Você Pra Mim É Lucro”: crítica ao esvaziamento das relações.
  • “A Cosmologia Corporativista…”: sarcasmo contra o corporativismo.
  • “Cabana Terminal”: manifesto de identidade periférica.

Por que isso importa?

Porque Assaltos e Batidas não quer viralizar. Quer incomodar.
FBC não entrega um disco feito para festas ou playlists gourmet — ele entrega denúncia, urgência e memória sonora.
É importante porque mostra que o rap ainda pulsa como instrumento político e afetivo.
Um disco que não se ouve apenas: se sente. E isso vale muito.