Fim dos cambistas? Ingressos tokenizados no futebol podem ser solução no combate à revenda de alto valor e falsificação

A Colombian fan displays his FIFA 2014 World Cup tickets for the match between Colombia and Greece, in Rio de Janeiro April 18, 2014. FIFA Venue Ticketing Centres opened in host cities on Friday. REUTERS/Ricardo Moraes (BRAZIL - Tags: SPORT SOCCER WORLD CUP)

Fim dos cambistas? Ingressos tokenizados no futebol podem ser solução no combate à revenda de alto valor e falsificação

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O Campeonato Brasileiro de 2023 está chegando ao fim, mas as inovações tecnológicas já estão em destaque. Na próxima quarta-feira (6), a aguardada partida entre São Paulo e Flamengo no Morumbi não apenas promete um grande espetáculo esportivo, mas também apresenta uma novidade empolgante: a introdução dos Smart Tickets, ingressos tokenizados oferecidos pelo clube paulista.

Smart Ticket: O Futuro dos Ingressos Esportivos

Os Smart Tickets, batizados com esse nome sugestivo, estão em fase de teste piloto e prometem revolucionar o mercado de ingressos para eventos esportivos, especialmente no futebol. O São Paulo oferecerá três lotes desses ingressos tokenizados, com preços variando entre R$ 200 e R$ 400.

Vantagens dos Ingressos Tokenizados

Esses ingressos oferecem uma série de vantagens, especialmente para os torcedores apaixonados. Desde uma experiência do usuário aprimorada até garantias de segurança e autenticidade, os benefícios são notáveis. Mas o que chama a atenção é a possível solução para o problema dos cambistas, conforme aponta Carlos Akira Sato, sócio do Jantalia Advogados e especialista em diversos setores.

Blockchain e a Luta Contra Cambistas

Sato destaca a capacidade de rastreabilidade da tecnologia blockchain, que registra cada etapa da transferência do ingresso, inclusive impedindo transferências não autorizadas. A integração com soluções de pagamento eletrônico pode controlar ou até evitar a cobrança de valores superiores aos originais. A tecnologia blockchain torna praticamente impossíveis a falsificação e a revenda duplicada dos ingressos.

Tokenização e Experiências Diferenciadas

Ao utilizar a tecnologia blockchain, os organizadores podem criar ingressos personalizados, transformando-os em tokens não fungíveis (NFTs). Sato acredita que essa tokenização não apenas reduz custos, mas também agrega experiências, especialmente para eventos direcionados a um público ‘premium’ como o jogo entre São Paulo e Flamengo.

Experiências Extras Além do Campo

Além do direito de assistir ao jogo no Estádio do Morumbi, os compradores desses ingressos terão acesso a uma variedade de experiências físicas e digitais. Isso inclui acompanhar a criação de uma taça de premiação em uma impressora 3D, participar da elaboração de um mural comemorativo em Realidade Virtual, receber lembranças colecionáveis físicas e em NFT, e concorrer a uma camisa autografada pelo time.

Revenda e Repasse: Regras Claras

Se um torcedor decidir não comparecer ao jogo, a questão da revenda ou repasse do ingresso tokenizado dependerá das regras estabelecidas. Segundo Sato, a segurança proporcionada pela blockchain permite devoluções com reembolso sem complicações, integração com meios de pagamento eletrônico e a possibilidade de revenda com limitações de ágio ou desconto.

Acessibilidade e Futuro Digital

Quanto à acessibilidade, Sato descarta preocupações para aqueles que não são nativos digitais, comparando a experiência à do PIX. Ele destaca que o foco está na funcionalidade e na experiência do usuário, afirmando que a tecnologia token/blockchain é apenas um meio. A promessa é de uma experiência de compra melhor, mais segura, mais econômica e mais divertida para todos.