Floor Wesseling: o Holandês Que é Conhecido Como o Mestre do Mashup.
Em 2020 quando a Umbro teve a ideia de fazer uma competição em que os fãs escolhessem suas camisas favoritas para serem combinadas em uma, só havia um homem com quem eles poderiam falar, Floor Wesseling, o fundador do Blood In Blood Out. Ele é conhecido como o mestre do mashup e seus trabalhos beiram a perfeição.
Dono de uma criatividade única, Wesseling tem o seguinte pensamento e leva para o seu processo criativo: “Uma camisa de futebol é um retrato de personalidade”.
Wesseling é um profissional de sucesso e mantém um escritório de design em sua cidade natal, Amsterdã. Ele trabalhou na NIKE entre 2011 e 2016, e criou camisas para a seleção de seu país, para as de Portugal, dos Estados Unidos e até do Brasil, na Copa de 2014.
Quando você começou a misturar as camisas e qual foi a ideia por trás disso?
Comecei a fazer depois de um jogo entre Alemanha e Holanda em 2004 em Portugal. Foi porque um amigo meu disse no intervalo que queria ir morar em Milão e tivemos uma discussão sobre se ele deveria torcer para o Inter ou para o AC Milan. Então me dei conta de que tinha que combinar essas camisetas e dar a ele. E teve a ver com o meu fascínio por heráldica, brasões de família – sempre quis trabalhar com essa mitologia e identidade antiga, fazendo isso como designer gráfico, então durante aquele torneio, sendo amante de futebol e amante de camisa de futebol, Ocorreu-me que precisava cortá-la e combiná-la, como duas famílias unidas.
Então, no dia seguinte, fui ao mercado de pulgas local e comprei essas camisetas de turista baratas, e a primeira que fiz foi Holanda e Alemanha – não consegui encontrar as blusinhas de Milão! Então eu fiz isso na máquina de costura da minha namorada. Foi horrível, mas foi ótimo! Eu ainda tenho emoldurado no estúdio lá embaixo.
A ideia de uma camisa de futebol ser um brasão – isso é uma força motriz por trás do que você faz?
Sim, então fazendo isso e seguindo aquele processo, pensei em continuar e seguir esses capítulos do livro, e comecei a combinar as peças. O que pensei foi, olhando aquelas primeiras tentativas, que precisava de camisas de futebol adequadas, as verdadeiras. Comecei a perceber, ao dissecá-los, quanto valor eles têm; não é apenas um pedaço de tecido onde você tem, digamos, o Arsenal ou o United – está repleto de cultura. O valor cultural desse tecido torna-se enorme para aquela área, porque tem o brasão. É montado como esta camisa, como este brasão literal, como uma peça que um cavaleiro usaria no campo de batalha.
Tudo começou a se encaixar nos primeiros anos, cortando e costurando camisas, olhando os desenhos e olhando todas as peças que fazem de uma camisa uma verdadeira camisa de futebol. Como designer gráfico e amante de camisas de futebol, eu já tinha uma coleção enorme, embora estivesse começando a cortá-las.
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Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.