Da caneta ao microfone – Ikinya divide com a RAPGOL Magazine um pouco de sua história e de seus trabalhos

Da caneta ao microfone – Ikinya divide com a RAPGOL Magazine um pouco de sua história e de seus trabalhos

IKINYA – DA CANETA AO MICROFONE

por Camilla Guimarães

Ikinya sempre esteve envolvida com a arte, tanto nos contos e poesias, como nos singles de sucesso que vem fazendo e surpreendendo o público. A rapper que ultrapassou um milhão de streams no último ano com o single “Preto” (trilha sonora da série Arcanjo Renegado) ao lado de Sany Pitbull, vem estourando a cada dia, mostrando seu talento e conquistando variados públicos que se identificam com sua vivência e letras certeiras

Suas músicas contam com fortes mensagens de demonstração de garra, ambição e conquista. A rapper, que cantava nas batalhas de Rap desde seus 16 anos, apaixonada por escrever contos e poesias, hoje vem cada vez mais ganhando espaço na música com suas composições e singles bem peculiares, mostrando em seus trabalhos o seu dia a dia, sua luta diária para a conquista de seus sonhos, sua caminhada e conquista.

Nesse sentido, a RAPGOL Magazine teve a oportunidade de trocar uma ideia com a artista. Com exclusividade, Ikinya fala sobre a sua origem na música, suas referências sobre seus trabalhos feitos até aqui, além de mostrar seus gostos pelos desenhos animados e pelo futebol. Acompanhe a seguir:

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RAPGOL Magazine – Olá, pra quem ainda não conhece, quem é a Ikinya? E de onde ela é cria? 

Ikinya – Adriele, mais conhecida como ikinya, uma jovem cheia de sonhos e cheia de garra pra fazer acontecer. Cria de Irajá, diretamente do subúrbio carioca.  

RAPGOL Magazine – Como você iniciou na música? O que mais te motivou? 

Ikinya – A música sempre esteve presente na minha vida, desde pequena quando havia samba no quintal dos meus parentes e também tive uma influência da música gospel, mesmo que nunca tendo envolvimento algum de cantar na igreja, e etc , meus pais sempre ouviam dentro de casa, o que me despertava soltar a voz. Ouviam muito funk anos 90 também. O ápice pra minha introdução na música foi quando meu pai me apresentou o break, chegou em casa com um DVD do Campeonato RED BULL BC ONE, competição de dança entre  bboys e bgirls.

Pra mim, o Hip Hop em si era somente aquilo, a dança. Com o tempo fui descobrindo que o Hip Hop era um movimento. Sempre escrevi poesias, contos, fábulas, histórias desde o jardim, sempre ganhava prêmios relacionados à escrita. Não fazia ideia que futuramente descobriria que aquilo também ia ser parte da minha construção dentro do Hip Hop, e poderia juntar música + escrita, o então dito “RAP” Ritmo e Poesia, no caso, beat e a letra.

Passei a frequentar frequentemente batalhas de rap, mesmo não batalhando, me influenciou ainda mais na escrita. Logo depois, conheci o movimento Sarau, passei a me apresentar, com minhas músicas a capela, e até mesmo somente a poesia falada. Isso me motivou a começar meu caminho.  

RAPGOL Magazine – No que você mais se inspira ou se espelha na hora de produzir música? 

Ikinya – Eu valorizo muito a questão do sentir, até hoje, todos os meus sons foram baseados em experiências que vi ou que passei. A vivência me inspira muito, me faz ter autonomia pra falar sobre o que vou falar, consequentemente, as pessoas sentem isso. 

https://www.youtube.com/watch?v=Non5vAlaOvw

RAPGOL Magazine – Como foi para você, ter a música “Preto”, seu som em parceria com Sany Pitbull e Al-Neg, ser trilha sonora da série Arcanjo Renegado? E o que isso lhe proporcionou? 

Ikinya – Pra mim foi uma experiência muito boa, foi um projeto que de fato me fez enxergar que minha voz é meu trabalho. “Do nada” lá estava eu, lendo roteiro de série de TV, pra fazer música, tema dos principais personagens de uma série que iria estourar pelo Brasil. Primeiro trabalho em que fui bem remunerada simplesmente por cantar, isso nunca tinha me acontecido, me botou nos eixos, me fez ter mais foco e entender que o que faço é trabalho sério, e que sim, posso viver da minha Arte. E além de ganhar mais público, fez com que pessoas importantes do mercado da música notassem meu barulho. 

RAPGOL Magazine – Pô… Conta pra gente quais foram ou continuam sendo as suas maiores dificuldades na sua carreira até aqui. 

Minha maior dificuldade ultimamente tem sido principalmente recursos, e depois, sobre como achar as pessoas certas pra caminhar junto comigo, até porque nada se conquista sozinha, eu frequentemente sinto que preciso de um time, sabe? 

RAPGOL Magazine – Como você enxerga o cenário musical atual? 

Ikinya – Pra mim não há uma palavra que dê uma definição exata sobre o que penso do cenário atual da música. Mas uma coisa é certa, tem surgido novas maneiras de fazer, novos estilos e etc, e uma coisa é certa, quem não se atualiza, fica pra trás.  

RAPGOL Magazine – Quais são as suas maiores referências musicais ou artísticas? 

Ikinya – Por ter crescido num ambiente que variava do gospel ao funk 2000 e por aí vai, minha cabeça e gostos acabaram sendo expandidos a vários gêneros. Hoje em dia, posso dizer que a Musica em si me inspira. Eu gosto de Jazz, Blues, funk carioca, rap, pagode, samba e por aí vai. Minha lista de referências musicais é extensa. 

https://www.youtube.com/watch?v=FOXSZRi9PXA

RAPGOL Magazine – O seu single “Camisa 10”, em parceria com a Ebony e produzido pela Larinhx, o que essa parceria te representou? Podemos esperar um novo single de vocês novamente? 

Ikinya – Representou a abertura de um novo ciclo pra minha carreira. Quando lancei meu Ep, ele era um material mais intimista, aonde claramente eu falava sobre minhas experiências de viagem, relacionamentos etc, músicas mais reflexivas. Eu já pensava em produzir mais materiais “pista” não fugindo do que acredito pra mim, mas colocar essa minha energia de rolezão mesmo, sabe, de cria com as amigas e por ai vai. Nós não nos conhecíamos, nos conhecemos no dia em que fizemos a música, nesses roles que produtores armam, sabe? Era pra ser só um rolê, e fizemos um hino. Acredito que podem esperar sim, naquele modo deixa acontecer naturalmente. 

RAPGOL Magazine – Qual seu time do coração? E quais suas maiores referências no futebol? 

Ikinya – Fluminense. Posso dizer que o time todo do elenco do Fluminense em 2010? hahahaha 

RAPGOL Magazine – Cite três camisas de time favoritas. 

Ikinya – Do Fluminense, óbvio. PSG e Qatar 

RAPGOL Magazine – Quando não está cantando, você tem algum hobby específico? 

Ikinya – Gosto de estudar, ver vídeo aulas, sou a louca dos cursinhos, vira e mexe tô de cabeça em algum curso. Gosto de me aprofundar em assuntos que vão me ajudar a ficar de frente pra lidar com as coisas da minha carreira. Amo ver desenhos, por incrível que pareça também. Gosto de estar com a família e amigos quando estou livre. 

https://www.youtube.com/watch?v=KrA6exYpFzE

RAPGOL Magazine – Em seu último lançamento, o EP “M.E.T.A”, contam com singles fortíssimos que retratam seu dom, sua ambição e sua evolução. Você já abdicou de muitas situações em que estava para chegar onde está? 

Ikinya – Com certeza. Relações com pessoas que eram ou que ainda são próximas de mim foi a parte mais afetada na minha vida, principalmente no período em que estava gravando o EP. Eu não parava no Rio de Janeiro, quase ninguém entendia, eu era muito ausente, isso me fez acabando ser um pouco mais sozinha, longe de casa. Foi uma fase bem difícil pra mim, hoje já sei lidar e equilibrar um pouco mais. 

RAPGOL Magazine – Qual o público alvo que você pretende atingir com seus singles e o que você gostaria de propagar com sua arte e espaço na voz? 

Ikinya – Na real eu pretendo atingir a todos, sem restrição. Eu quero propagar autoestima, a liberdade de ser quem é, quero propagar ambição, no bom sentido da palavra, quero que me ouçam e sintam sede de ir atrás do que querem, ou que saiam de um relacionamento tóxico! Quero que me escutem e sintam vontade de tocar a vida… Brilhar mesmo!  

RAPGOL Magazine – Quais suas expectativas para o ano de 2022, no âmbito profissional e pessoal? 

Ikinya – Eu espero muito estar fazendo shows, no nível de não precisar voltar pro shopping e conseguir dar atenção específica e devida pra minha Arte. Quero ter uma estrutura, de repente assinar com gravadora e tal, ter um time real, eu atualmente estou numa fase de analisar propostas que tem chego até mim. Pra quem sabe, entrar em 2022 já encaminhada.  

RAPGOL Magazine – Cite três artistas que, ao seu ponto de vista, merecem maior destaque do público em geral. 

Ikinya – Flora Matos, Gabi Landin e Julia Costa. 

RAPGOL Magazine – Qual mensagem você gostaria de deixar para o pessoal? 

Ikinya – Não deixem que uma dificuldade te impeça de seguir seu caminho.  Faça o que precisa ser feito, até chegar a hora em que você vai fazer o que realmente quer fazer.

Escritora, libriana, natural de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Formada em Direito. Amante da música brasileira. Pesquisadora Cultural.

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