Larinhx fala sobre a criação e produção do álbum “Eu gosto de garotas”

Larinhx fala sobre a criação e produção do álbum  “Eu gosto de garotas”
Gostou? Compartilhe

Na última semana a DJ e produtora musical Larinhx lançou o álbum “Eu Gosto de Garotas”. Ela que é natural de Queimados, município da baixada do Rio de Janeiro, e iniciou seu contato com a música sendo MC, já tendo se apresentado em diversas casas respeitadas na cidade. Anos depois, foi nas pick-ups que Larinha investiu sua força. Sempre trazendo elementos da sua vivência suburbana, Larinhx percorre caminhos imprevisíveis quando se trata de fazer uma pista esquentar. O funk é seu motor, sua inspiração e sua vida -literalmente-, mas a artista vem levando sua pesquisa e sua produção a outros lugares; realizando um trabalho categórico das mais variadas construções sonoras.

O álbum é o primeiro lançado por ela ao laboratório cultural MangoLab. O projeto propõe trazer um recorte da cena de mulheres periféricas do Rio de Janeiro, representadas aqui por 13 artistas em produções que flutuam entre o Trap, Funk e o RnB.

O projeto é uma arte plural com músicas das cantoras Slain, Ebony, Ikinya, slipmami, Deize Tigrona, Mc Lizzie, DAMATTA, Shury, Ciana, Amanda Sarmento e Valentine. A obra é pautada no afeto e troca sincera entre as garotas que se juntam para realizar um disco de muita potência, assinado inteiramente por uma nova geração artística.

“Rolou um afeto, uma troca sincera entre todas as garotas pra dar vida a esse disco. A gente se ama, se gosta e por isso fazemos música”

LARINHX

Conversamos com a Larinhx que nos contou sobre o processo criativo do álbum, curiosidades, tempo de produção e etc..


As fotos abaixo que estão ilustrando a matéria foram feitas pelas fotografas Bárbara Figueiredo & Clara Carvalho

RAPGOL MAGAZINE – Como surgiu a ideia do álbum “EU GOSTO DE GAROTAS” ?

LARINHX Surgiu a partir da música da DAMATTA. Porque ela já queria fazer algo comigo e me apresentou a Slain que também queria. Eu já tinha umas outras amigas que queriam também. Acabei juntando todas as que eu mais amo.

RAPGOL MAGAZINE – Qual a análise que você faz sobre estes primeiros dias após o lançamento?

LARINHXEu acho que as pessoas estão gostando da pluralidade, das misturas. Estou bem feliz!

RAPGOL MAGAZINEReunir uma quantidade significativa de artistas demanda organização e muito trabalho, poderia nos contar um pouco sobre o processo criativo do álbum?

LARINHXA gente passou uns meses se encontrando toda semana por vários dias e isso fez com que o trabalho e o processo fossem bem amarrados. Geral quis muito desde o início que desse certo porque a ideia era nova e a gente tava na sede de fazer algo juntas.

RAPGOL MAGAZINE – São 13 artistas fortes e com personalidades diferentes. Esta pluraridade é o centro deste projeto?

LARINHXSim, não só do projeto como da minha vida desde sempre.

RAPGOL MAGAZINE“EU GOSTO DE GAROTAS” é liderado por você, mas contou com uma equipe de peso. Certo? Como foi trabalhar em parceria com todos os envolvidos.

LARINHX É sempre bom colaborar quando as pessoas entendem onde elas estão e porque elas foram chamadas para ajudar. Eu tenho muito a agradecer por toda equipe que fez os movimentos necessários para que rolasse da melhor forma.

RAPGOL MAGAZINE – Quanto tempo levou até que o álbum estivesse finalizado?

LARINHXCara, honestamente acho que estamos nessa juntas desde o meio de 2020 (risos). Mas é porque somos chatas também e sempre da para mudar alguma coisinha, adicionar uma parada e etc…

RAPGOL MAGAZINE As faixas estão muito bem produzidas e mixadas, parabéns! Você quem assina todas elas?

LARINHXEssa pergunta seria feita se eu fosse um homem? (risos) sim, produzi! o BENO foi um parceirão no projeto pois ele manja muito de instrumentos e consegue arranjar bem as ideias e o AJ veio na master amassando.

RAPGOL MAGAZINE – Podemos esperar uma segunda parte deste projeto?

LARINHXTalvez

RAPGOL MAGAZINE – Nem tudo é música! O que você curte fazer quando não está no estúdio produzindo?

LARINHX Fazer exercícios, ouvir Alcione e beber sucos


Agradecemos imensamente a oportunidade de conversar com a Larinhx e falarmos sobre este projeto que sem dúvida engrandece a história da música negra periférica.

Postado