TECNOLOGIA

Inteligência Artificial impulsiona a necessidade de conteúdo de alto valor

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De acordo com uma pesquisa realizada pela Semrush, plataforma de SEO e ranking de sites, o ChatGPT é amplamente utilizado no Brasil, sendo o quinto país com maior número de acessos, registrando mais de 37 milhões apenas no primeiro mês deste ano. Esses números demonstram que a Inteligência Artificial (IA) já se faz presente em nosso cotidiano há algum tempo. Um exemplo simples disso são os conteúdos sugeridos nas plataformas de streaming. A diferença agora é que nós, usuários, somos capazes de dar os comandos. Diante disso, surge uma nova preocupação entre profissionais de mídia social, jornalistas e assessores de imprensa: será que seremos substituídos por um software?

Segundo Luana Clara, especialista em comunicação estratégica, a resposta é não. Ela afirma que existe muito alarmismo quando se trata de inteligência artificial. O primeiro passo é entender que a IA não gera conteúdo novo, pois tudo se baseia no que aconteceu no passado, enquanto o jornalismo, as redes sociais e a assessoria de imprensa estão voltados para o presente. Portanto, ferramentas de IA, como o ChatGPT, atuam como assistentes, pesquisadoras pessoais e aliadas na redação de conteúdos mais abrangentes e aprofundados.

Assim, a inteligência artificial é capaz de produzir apenas conteúdos básicos, como notícias simples e informações rotineiras. Porém, quando se trata de análises aprofundadas, contextos complexos e histórias envolventes, o toque humano é insubstituível. Assessores de imprensa e jornalistas têm a capacidade de fornecer insights exclusivos, interpretações especializadas e narrativas cativantes que a IA ainda não consegue replicar.

Luana Clara explica que todos os profissionais de comunicação podem ficar tranquilos, pois a mudança que a IA generativa trará está relacionada à qualidade do conteúdo. Isso exigirá dos produtores de conteúdo um conhecimento aprofundado sobre o tema, independentemente de ser para redes sociais, comunicados à imprensa ou noticiários. Essa mudança requer uma abordagem mais estratégica para identificar quais informações oferecerão perspectivas únicas ao público.

A demanda por conteúdo de alto valor surge também da necessidade de estabelecer confiança e credibilidade com o público. Conteúdos superficiais e produzidos em massa podem ser facilmente descartados pelos leitores que buscam fontes confiáveis e autoridades em suas áreas de interesse.

“Personalizar a mensagem é fundamental para estabelecer conexões significativas e obter resultados efetivos em um ambiente cada vez mais saturado de informações. Para isso, será necessário investir em pesquisas aprofundadas, análises críticas, entrevistas perspicazes e histórias bem fundamentadas que cativem o público”, conclui Luana Clara, sócia da LaPresse Comunicação, empresa de relacionamento com a imprensa que atendeu a mais de 100 clientes no Brasil, América Latina, Europa e Estados Unidos.

foto perfil criaa

Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.