TikTok sai do ar nos Estados Unidos

O TikTok foi oficialmente banido nos Estados Unidos neste domingo (19), deixando milhões de usuários sem acesso à plataforma. A decisão foi tomada com base em uma lei federal sancionada em 2024, que exigia a venda da operação do aplicativo no país devido a preocupações relacionadas à segurança nacional.

Por que o TikTok foi banido?

O governo norte-americano alega que o TikTok, pertencente à empresa chinesa ByteDance, coleta dados confidenciais de usuários americanos, o que representaria um risco de espionagem em favor da China. A plataforma, que conta com 170 milhões de usuários nos EUA, nega as acusações.

A lei que motivou a suspensão foi sancionada pelo então presidente Joe Biden e previa um prazo para que o TikTok transferisse sua operação a um comprador local. Como a venda não foi concretizada até o prazo final, o app foi removido das lojas de aplicativos e impedido de operar nos EUA.

Além do TikTok, outros aplicativos da ByteDance, como CapCut e Lemon8, também foram desativados no país.

Suprema Corte e contexto político

Na última sexta-feira (17), a Suprema Corte dos EUA decidiu por unanimidade que a lei não viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão.

O tema ganhou mais relevância com a posse iminente de Donald Trump, que assume a presidência na segunda-feira (20). Trump já sinalizou que pode adiar a proibição por até 90 dias, afirmando ser necessário mais tempo para revisar a situação.

“Minha decisão sobre o TikTok será anunciada em breve. Estou considerando uma extensão porque parece ser a solução mais adequada no momento”, declarou o presidente eleito.

Impactos e reações no país

A decisão de banir o TikTok gerou uma migração de usuários para plataformas alternativas, como o aplicativo chinês Xiaohongshu, conhecido globalmente como RedNote. Semelhante ao TikTok, o app combina vídeos curtos com funcionalidades de comércio eletrônico e já está sendo apontado como o possível substituto entre os jovens americanos.

Enquanto isso, o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, agradeceu a Trump pelo compromisso em encontrar uma solução para a continuidade do aplicativo nos EUA. “É uma posição forte em defesa da liberdade de expressão e contra a censura arbitrária”, afirmou o executivo.

O futuro do TikTok nos EUA

A continuidade do TikTok nos EUA ainda é incerta. Apesar da proibição atual, há esperança de que a plataforma volte a operar em breve, dependendo da decisão do novo governo. Trump já mencionou a possibilidade de negociar com a ByteDance para manter o aplicativo no país.

Enquanto isso, milhões de usuários permanecem sem acesso ao TikTok, aguardando desdobramentos sobre o caso, que reacende o debate sobre privacidade digital e o papel das grandes plataformas tecnológicas no cenário global.