M&A no esporte brasileiro acompanha crescimento global com avanço das SAFs

M&A no esporte brasileiro acompanha crescimento global com avanço das SAFs
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O mercado de fusões e aquisições (M&A) no esporte segue em forte expansão, refletindo o aumento do interesse de investidores nacionais e internacionais. No Brasil, a estruturação das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) tem sido um dos principais impulsionadores desse movimento, permitindo a captação de investimentos e a modernização da gestão dos clubes.

De acordo com um relatório da Oaklins, divulgado com exclusividade pelo SportsPro Media, foram registradas 410 transações de M&A no setor esportivo globalmente em 2024, representando um crescimento de 44% em relação aos anos anteriores. No Brasil, a profissionalização da gestão e a busca por sustentabilidade financeira têm levado mais clubes a considerarem esse modelo como uma estratégia de crescimento.

Clubes brasileiros atraem investimentos

Nos últimos anos, diversas SAFs se destacaram no cenário nacional com grandes transações:

Atlético-MG: Em 2023, a Galo Holding adquiriu 75% da SAF do clube.
Bahia: Em 2023, o City Football Group comprou 90% da SAF.
Botafogo: Em 2022, o empresário John Textor adquiriu 90% do clube.
Cruzeiro: Em 2022, Ronaldo Nazário comprou 90% da SAF e, em 2024, vendeu sua participação para o empresário Pedro Lourenço.
Vasco da Gama: Em 2022, a 777 Partners adquiriu 70% da SAF.
Portuguesa: Em 2024, a equipe formalizou sua transformação em SAF com investidores liderados pela XP Investimentos.

Um mercado em ascensão

Especialistas apontam que a valorização dos direitos de transmissão, o crescimento do engajamento digital das torcidas e as parcerias comerciais estratégicas também são fatores que impulsionam esse mercado. Para Gustavo Biglia, sócio do Ambiel Advogados, a tendência é que novas transações ocorram nos próximos meses.

“O cenário positivo reforça a necessidade de uma gestão estruturada, garantindo que as operações resultem em benefícios tanto para os investidores quanto para os clubes e seus torcedores”, destaca Biglia.

Com um ambiente cada vez mais atrativo para capital estrangeiro e fundos especializados em entretenimento e esportes, o Brasil se consolida como um dos polos globais de investimento no setor.

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