O álbum raríssimo e inédito do Wu-Tang Clan, Once Upon a Time in Shaolin, foi exibido na histórica Angel Orensanz Foundation em Nova York. Este local, carregado de significado histórico e cultural, é a sinagoga mais antiga de Nova York e o local onde a capa do icônico álbum “36 Chambers” foi fotografada.
A História do Álbum
Once Upon a Time in Shaolin é uma obra única, gravada em segredo pelo Wu-Tang Clan entre 2006 e 2013. Produzido em locais que vão desde Staten Island, Nova York, até Marrakech, o álbum inclui os nove membros sobreviventes do grupo, além das participações especiais de Cher e Carice van Houten, famosa por seu papel em Game of Thrones. Este álbum foi pensado como uma obra de arte, existindo apenas um único exemplar físico no mundo.
A Motivação por Trás do Álbum
Formado no início dos anos 1990 em Staten Island, o Wu-Tang Clan é conhecido por suas letras cruas e explícitas que abordam o trauma da experiência afro-americana. Em resposta ao que percebem como a desvalorização da música causada pelo streaming e pela pirataria, o grupo decidiu criar Once Upon a Time in Shaolin como uma mercadoria única, restaurando o valor artístico da música.
Características Únicas do Álbum
Este álbum não é apenas um conjunto de músicas, mas uma verdadeira obra de arte. Ele vem acondicionado em uma caixa de níquel entalhada à mão e é acompanhado por um manuscrito encadernado em couro, contendo as letras e um certificado de autenticidade. Um detalhe interessante é que as 31 faixas do álbum não podem ser lançadas pelo proprietário por um período de 88 anos, conforme uma condição legal.
Exposição na Angel Orensanz Foundation
A Angel Orensanz Foundation é um local de grande importância histórica e cultural. Fundada em 1849, é a sinagoga mais antiga de Nova York. Este local foi escolhido não apenas por sua importância histórica, mas também porque foi onde a capa do lendário álbum do Wu-Tang Clan, “36 Chambers”, foi fotografada, ligando a história do grupo ao local de exposição do álbum raro.
Declaração de Importância
“Expor Once Upon a Time in Shaolin na Angel Orensanz Foundation foi um evento de enorme significado. Este álbum transcende suas circunstâncias materiais e se torna uma obra de arte mística,” comentou um porta-voz da fundação. “A ligação histórica entre este local e o Wu-Tang Clan fez desta exposição um evento imperdível.”
A Venda e a Polêmica
Pouquíssimas pessoas tiveram a oportunidade de ouvir o álbum desde sua criação. Em 2015, ele foi vendido para o controverso executivo farmacêutico Martin Shkreli por 2 milhões de dólares. Shkreli chegou a transmitir trechos do álbum no YouTube em 2016, celebrando a eleição de Donald Trump. No entanto, em 2018, após ser condenado por fraude, o álbum foi confiscado e entregue aos promotores dos EUA. Eventualmente, foi adquirido pelo coletivo de arte digital Pleasr, que atualmente detém a posse do álbum.
O Impacto da Exposição
A exposição na Angel Orensanz Foundation ofereceu uma rara oportunidade para que o público pudesse se conectar com uma peça única da história da música e da cultura hip-hop. Ela não apenas celebrou a arte do Wu-Tang Clan, mas também resgatou a importância de valorizar a música como uma forma de arte atemporal e única
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.