O PSG emitiu nesta segunda-feira uma nota de apoio ao atacante Neymar, que afirma ter sido vítima de insultos racistas no domingo, durante partida contra o Olympique Marsella pela terceira rodada do Campeonato Francês.
“O Paris Saint-Germain apoia fortemente Neymar, que relatou ter sido vítima de insultos racistas de um jogador rival (…) O Paris Saint-Germain conta com a comissão disciplinar da LFP (liga de futebol profissional francesa) para investigar e lançar luz sobre esses eventos”, indica o comunicado do atual campeão da França, que foi derrotado em casa por 1 a 0.
A comissão disciplinar da Liga Francesa de Futebol Profissional (LFP) vai analisar nesta quarta-feira (16) os cinco cartões vermelhos distribuídos no jogo disputado no estádio Parque dos Príncipes.
Os integrantes da comissão independente ficam encarregados de definir por quantas partidas serão suspensos Neymar, Layvin Kurzawa e Leandro Paredes, do PSG, e Darío Benedetto e Jordan Amavi, do Marsella, todos expulsos no final do encontro após uma briga generalizada em campo.
De acordo com o estatuto disciplinar da Federação Francesa de Futebol (FFF) usado como referência pela Ligue 1 (Campeonato Francês), um jogador culpado de um “ato de brutalidade / golpe” pode receber até sete partidas de suspensão se o ato ocorrer fora de uma ação de jogo, sem causar lesões.
Esse pode ser o caso de Kurzawa, que deu um soco no rosto de Amavi, que tentou revidar com um golpe semelhante.
Em relação ao caso de Neymar, o atacante brasileiro informou durante a partida à equipe de arbitragem que estava sendo alvo de insultos racistas, repetindo “Racismo, não!”
Enquanto reclamava, o atacante do PSG apontava para o espanhol Álvaro González, zagueiro do Marselha e responsável por sua marcação durante o jogo.
Antes do apito final da partida, Neymar foi expulso após acertar um tapa na cabeça de Gonzalez. Ao sair de campo, ele voltou a falar para o quarto árbitro que tinha sido alvo de ofensas racistas.
A comissão disciplinar vai analisar a súmula do árbitro da partida e as imagens da televisão.
Entre os lances que serão analisados, também está acusação do técnico do Marsella, André Villas-Boas, que afirma que o argentino Angel di Maria, do PSG, teria cuspido em Álvaro González após o jogo, disse à AFP Pascal Garibian, diretor técnico de arbitragem (DTA).
De acordo com o regulamento, todo comportamento racista pode estar sujeito a uma suspensão máxima de dez jogos. Já o ato de cuspir em outro jogador pode levar à suspensão de até seis jogos.
A decisão da comissão deve ser anunciada na quarta-feira à noite, quando o PSG enfrentará o Metz, em partida adiada da primeira rodada do Campeonato Francês.