Ministérios do Esporte e das Mulheres assinam acordo para combate à misoginia no esporte
Assinatura de Acordo para Enfrentar a Discriminação no Esporte
Na última sexta-feira (17/11), o ministro do Esporte, André Fufuca, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, formalizaram um Acordo de Cooperação Técnica. O objetivo é coordenar esforços no combate à misoginia e na erradicação de todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres em modalidades esportivas como futebol, futsal e beach soccer em todo o país.
Ações Planejadas
O Ministério das Mulheres desempenhará um papel crucial na articulação de medidas e campanhas, em colaboração com a Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor (SNFDT), do MEsp. Por sua vez, o Ministério do Esporte se compromete a promover eventos e ações que visem incentivar a participação ativa de meninas e mulheres nas competições esportivas, com enfoque educativo, informativo e de orientação social.
Destaque Internacional e Compromisso Nobre
André Fufuca expressou gratidão pelo empenho de todos os envolvidos, ressaltando a importância das iniciativas do Ministério do Esporte, como a Copa do Mundo de Futebol Feminino e o campeonato mundial de ginástica rítmica. Ele enfatizou a simpatia e admiração internacional pelo Brasil, destacando a oportunidade de usar essa visibilidade para ampliar a conscientização sobre o combate à misoginia em toda a América Latina e no território nacional.
Comentário da Ministra
Cida Gonçalves considera essa parceria uma grande conquista para o “Brasil sem Misoginia”. O programa visa atingir um público específico: os homens. A intenção é ocupar espaços no mundo esportivo, aproveitando sua influência junto ao público masculino para comunicar que o país não tolera ódio nem violência contra as mulheres.
Programa Brasil sem Misoginia: Múltiplos Eixos de Atuação
Em outubro, o Ministério das Mulheres lançou o Programa Brasil sem Misoginia, mobilizando diversos setores da sociedade para debater e refletir sobre os papéis sociais de mulheres e homens. Com quatro eixos de atuação, o programa busca prevenir feminicídios, violência sexual e online, apoiar mulheres em cargos de poder e decisão, e promover ambientes de trabalho livres de discriminação.
Desafios no Esporte
No cenário esportivo, práticas discriminatórias em relação às mulheres são comuns, manifestando-se por meio de desigualdades salariais, sexualização, estereótipos, comentários discriminatórios e falta de cobertura midiática. O MEsp tem trabalhado ao longo do ano para fortalecer questões femininas no esporte.
Mudanças no Bolsa Atleta e Proteção a Gestantes
No combate à misoginia, o presidente Lula sancionou alterações nas regras do Bolsa Atleta, estendendo direitos a gestantes e mães de recém-nascidos. Agora, atletas grávidas têm proteção durante a gestação e até seis meses após o parto, recebendo até 15 parcelas mensais consecutivas. Essas mudanças proporcionam um período maior para atletas comprovarem seus resultados esportivos, requisito essencial para os beneficiários do programa.
Estratégia Nacional para o Futebol Feminino
O Ministério do Esporte lançou a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, em vigor com a assinatura do Decreto n°11.458/2023. O foco é gerar apoio de longo prazo e promover a inserção e a manutenção de meninas e mulheres na modalidade esportiva. O Diagnóstico do Futebol Feminino, publicado em julho, revela que apenas 19,2% das atletas possuem vínculo profissional, indicando a necessidade de ampliar a profissionalização do futebol feminino no Brasil.
O MEsp, comprometido com o plano de ações para o triênio 2023-2025, trabalhará em colaboração com entidades relevantes, incluindo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), federações, clubes e atletas, para alcançar esses objetivos e fortalecer a presença feminina no cenário esportivo brasileiro.
Criaa da Zona Oeste do RJ.
Comunicador, fotógrafo, colecionador de camisas de times e camisa 8 no time da pelada.
Trabalhando com notícias e informações desde 2002.
