Rael, Gloria Groove e Tropkillaz estão juntos em “Vem Com Tudo”

Rael, Gloria Groove e Tropkillaz estão juntos em  “Vem Com Tudo”
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As viagens que Rael fez por países da África e pela Jamaica, mais do que um passeio turístico, foram ferramentas para que ele pudesse  entrar em contato com diferentes culturas descencentes do continente africano e, assim, recuperar parte de um passado que é marcado pelas sequelas da escravidão, como o apagamento da sua história e da sua árvore genealógica.

Nessas viagens em busca da sua ancestralidade, o cantor e compositor paulistano se aprofundou no contexto social dos locais por onde passou e acabou trazendo memórias importantes, inspiradoras e que aumentaram a sua capacidade de se conectar consigo e seus iguais. Essas lembranças, agora, servem de inspiração para o artista, que as transforma em música.

O resultado desse exercício começa a aparecer no novo single “Vem com Tudo“, que ganhou pinceladas do afropop, do dancehall e ainda contou com a participação especial de Gloria Groove e Tropkillaz.

“Esses lugares por quais passei têm problemas semelhantes aos do Brasil. Por lá, as pessoas estão vivas e celebrando a própria existência com alegria, tendo a dança e a música como instrumentos para isso. É como se fosse um ato de resistência”, afirma o artista. A sonoridade mescla referências ao afropop e ao dancehall, além de evidenciar a conexão diaspórica africana, que, nessa faixa, “se funde com a felicidade da música brasileira”, como  complementa Rael.

“Vem com Tudo” inicia um novo momento na carreira do cantor e compositor, que, após o lançamento de seu último álbum, Capim-cidreira, vive um período em que conseguiu superar parte dos desafios emocionais causados por uma depressão. A música, assim como  o autoconhecimento e o autocuidado, serviram como antídoto de cura. É isso que direciona o processo criativo de Rael para os seu próximos lançamentos; ele irá se aprofundar no que há de mais sofisticado na música negra, pop, urbana contemporânea e traduzirá em uma sonoridade própria – somado às referências que ele carrega desde a sua infância,  como um jovem negro que tinha contato direto com as culturas dos bailes black e do hip hop.

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